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terça-feira, 24 de setembro de 2013

A diferença entre adivinhações e profecias bíblicas

"Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração" (2 Pe 1.19).
Profecias bíblicas se cumprem sempre, sem exceção. Por isso podemos ter absoluta confiança nelas. Mas quem confia em adivinhações está perdido!
Só uma coisa é certa a respeito das adivinhações de videntes, astrólogos e cartomantes: a cada ano se repete o fiasco da falha do seu cumprimento! Praticamente todas as previsões para 2003 foram falsas. O "Comitê Para a Investigação Científica das Alegações dos Paranormais" na Alemanha comparou 100 prognósticos com a realidade e verificou que as explicações posteriores dos adivinhos são completamente contraditórias em relação às previsões feitas. Muitos de seus prognósticos são formulados de maneira tão vaga que o exercício da futurologia nem se faz necessário, pois qualquer um de nós poderia fazer previsões semelhantes usando simplesmente a lógica e o bom senso. As previsões são tão genéricas que acabam acertando em algum detalhe. Dois exemplos: em dezembro de 2002 um astrólogo previu "iminente risco de guerra" para o Iraque.[1] O matemático Michael Kunkel (de Mainz/Alemanha), observou que uma declaração dessas, naquela época, equivalia a afirmar que o sol iria nascer na manhã seguinte. Relativamente a Israel, um dos prognósticos para este ano dizia: "Depois de sérios distúrbios, existe a tendência de que no final de 2004 haja um acordo de paz satisfatório, de modo a que ambas as partes tenham interesse em cumpri-lo". É quase impossível falar de maneira mais genérica. Mas é interessante observar como as pessoas, que nada querem saber da Bíblia, são enganadas rotineiramente e dão ouvidos a esse tipo de "profecia" vaga e superficial.
A adivinhação do futuro pode envolver puro e simples engano visando o lucro fácil. Por outro lado, além do interesse financeiro, a astrologia, por exemplo, tem origem espírita e ocultista, diretamente inspirada por Satanás e seus demônios. Seja como for, ela sempre é mentirosa, pecaminosa e de origem diabólica. O reformador Martim Lutero declarou, com razão: "O Diabo também sabe profetizar – e mente ao fazê-lo".
Em Deuteronômio 18.9-11 está escrito: "Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos". A Bíblia com Anotações de Scofield comenta a respeito:
As oito práticas anatematizadas para determinação do futuro são estas: 1. do adivinhador – os métodos são apresentados em Ez 21.21; 2. do prognosticador – possivelmente referindo-se à feitiçaria ou astrologia; 3. do agoureiro – aquele que usa prognósticos; 4. do feiticeiro – aquele que faz uso da magia, de fórmulas ou encantamentos; 5. dos encantadores – Sl 58.4-5; 6. de quem consulta um espírito adivinhante – veja o número 7; 7. do mágico, geralmente usado com o número 6 – Is 8.19 descreve a prática; e 8. do necromante – aquele que procura interrogar os mortos. Duas coisas precisam ser mantidas em mente: 1) este mandamento tinha aplicações específicas a Israel que estava entrando na terra; foram feitas para preservar os israelitas das abominações dos seus predecessores (vv. 9, 12 e 14) e 2) para se perceber claramente o contraste entre esses falsos profetas e os profetas como Moisés (vv. 15-19).
Profecia bíblica
Vejamos as principais diferenças entre adivinhação e profecia bíblica:
  • A adivinhação faz afirmações vagas e genéricas e não esclarece os fatos. A profecia bíblica é a história escrita antes que aconteça. Ela parte do próprio Deus Todo-Poderoso, que tem uma visão panorâmica das eras e as estabeleceu em Seu plano divino. O profeta Isaías O engrandece: "" Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros" (Is 25.1). O próprio Senhor afirma: "lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade" (Is 46.9-10).
  • A adivinhação interpreta algum tipo de sinal. A profecia bíblica não depende da nossa interpretação, mas se sustenta exclusivamente em sua própria realização.
  • As previsões de astrólogos são especulativas e deixam margem para muitas interpretações. A profecia bíblica acerta em 100% dos casos.
  • O apóstolo Pedro escreve: "Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade" (2 Pe 1.16).
Tim LaHaye e Thomas Ice afirmam:
A adivinhação interpreta
algum tipo de sinal.

Falsas religiões e idéias supersticiosas baseiam-se em fábulas engenhosamente inventadas, mas a fé cristã está fundamentada na auto-revelação do próprio Deus aos homens, da forma como a encontramos na Bíblia. Além disso, Pedro designa a profecia bíblica como "palavra profética" e diz: "...fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso..." (2 Pe 1.19). Por que podemos depositar toda a nossa confiança na palavra profética? Porque a profecia bíblica, segundo a conclusão de Pedro, não é a explicação humana dos acontecimentos históricos: "sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.20-21). Tendo a profecia, os cristãos possuem um resumo do plano divino para o futuro. Além disso, como centenas de profecias já se cumpriram literalmente – a maioria delas relacionadas à primeira vinda de Cristo – sabemos que todas as promessas em relação ao futuro também se cumprirão integralmente nos tempos finais e por ocasião da volta de Cristo".[2]
  • Adivinhação e interpretação de sinais são baseados em mentiras, enquanto a profecia divina é a mais absoluta verdade. Balaão era um "agoureiro" (Nm 24.1) que Balaque, rei dos moabitas, queria usar para amaldiçoar Israel (Nm 23-24). E justamente esse adivinhador foi obrigado a reconhecer: "Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?" (Nm 23.19).
  • A Bíblia contém 6.408 versículos com declarações proféticas, das quais 3.268 já se cumpriram. Não se sabe de nenhum caso em que uma profecia bíblica tivesse se cumprido de forma diferente da profetizada. Esses números equivalem à chance de que ao jogar-se 1.264 dados, todos caiam, sem exceção, com o número 6 para cima. Essa probabilidade é tão pequena que exclui toda e qualquer obra do acaso.[3]
  • Conforme o Dr. Roger Liebi, 330 profecias extremamente exatas e específicas referentes ao Messias sofredor se cumpriram literalmente por ocasião da primeira vinda de Cristo.
Dessa abundância de profecias relacionadas ao nascimento, à vida e à morte de Jesus, destacamos apenas o exemplo do Salmo 22.16-17: "...traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos..." Não há dúvida de que essa passagem fala da crucificação, pois o sofrimento descrito pelo salmista só acontece nesse tipo de morte. Entre os judeus a crucificação jamais foi uma forma de execução de condenados à morte e ainda não era conhecida quando o salmo foi escrito. Bem mais tarde os romanos copiaram dos cartagineses a pena de morte por crucificação. Portanto, seria muito mais lógico se o salmista tivesse descrito a morte por apedrejamento ou pela espada. Numa época tão remota (1000 a.C.), por que ele falou da morte pela cruz, completamente desconhecida dos judeus? A resposta é que o salmista, inspirado pelo Espírito de Deus, era um profeta e apontava a morte futura de Jesus.
  • A adivinhação cria confusão mental, turva a visão para a verdade bíblica e bloqueia a disposição das pessoas de crerem no Evangelho de Jesus Cristo. Ela embota seus sentidos, prendê-as a falsos ensinos e torna-as inseguras em suas decisões. A profecia divina, entretanto, liberta e dá segurança. Por isso todos deveriam seguir o conselho de Deus: "Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei. Ouvi-me vós..." (Is 46.11b-12a).
  • Qualquer pessoa que crê em Jesus Cristo e confia sua vida a Ele tem um futuro seguro e não precisa ter medo de nada. Quem se entrega a Jesus passa a viver sob a bênção da profecia encontrada em João 14.3: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também". (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Notas:
  1. Idea Spektrum, 1/2 2004.
  2. Tim LaHaye/Thomas Ice, Countdown zum Finale der Welt.
  3. Factum, Edição Especial 1995
Norbert Lieth É Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens têm como tema central a Palavra Profética. Logo após sua conversão, estudou em nossa Escola Bíblica e ficou no Uruguai até concluí-la. Por alguns anos trabalhou como missionário em nossa Obra na Bolívia e depois iniciou a divulgação da nossa literatura na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou à Suíça e é o principal preletor em nossas conferências na Europa. É autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol.   

JOVENS (sete coisas que eu faria se fosse Sansão)

SETE COISAS QUE EU FARIA SE FOSSE SANSÃO

I - Obedeceria a meus pais ,pois eles são meus pais :
Juizes 14.3 Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o meu povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? E disse Sansão a seu pai: Tomai-me esta, porque ela agrada aos meus olhos
Efésios 6: 1-3 1Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
Um dia meu filho me fez a seguinte pergunta , ``porque devemos honrar o pai e mãe ?``
*Em primeiro lugar, devemos obedecer aos pais porque é justo.Lv 11:44
*Em segundo lugar, devemos obedecer aos pais porque é mandamento do Senhor.Êxodo 5:12.Portanto, devemos obedecer como pais as nossas autoridades governantes como em Romanos 13:1, nossos professores, nossos chefes de trabalho e enfim, todas as pessoas que nos governam pela vontade de Deus. Se os desobedecermos, seria como desobedecesse o próprio Deus.
*Em terceiro lugar, devemos obedecer aos pais porque tal ato tem seu efeito prático.

 Faço questão de mostrar aqui alguns exemplos de desobediença .
Um exemplo na Bíblia de alguém que foi prejudicado por desobediência foi Absalão , filho do Rei Davi. (2 Sm 13-18). Ainda que Davi tenha a sua parcela de culpa pó negligência com sua família, Absalão se revolta contra seu pai (15:1), queria tomar o lugar de seu pai fazendo politicagem (16:15-23), persegue-o (17:24-26) e morre em combate de uma forma irônica , com sua cabeleira presa a árvore e atingido (18:6-15). A desobediência pode nos levar a morte.

*Veja o que a Bíblia diz a respeito:
Pv. 4:1 Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes o entendimento.
Pv. 17:6 Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais.
Dt: 5:16 - Honra a teu pai e a tua mãe, como o senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que o Senhor teu Deus te dá.

Cl. 3:20 - Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor.
Ef. 6:1,2 - Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.

Ouça a voz da experiência  
Isto quer dizer, que a estrada que você está passando nesta vida, os seus pais já passaram por ela e eles sabem melhor do que você os perigos da mesma. Pode acreditar. Eles sabem com detalhes o caminho que lhe trará segurança. Ouvi-los é sinal de que você é uma pessoa sábia.

II Cuidaria melhor dos meus impulsos sexuais.
 Juizes 15.1 E aconteceu, depois de alguns dias, que na sega do trigo Sansão visitou a sua mulher com um cabrito e disse: Entrarei na câmara à minha mulher;
 Juizes 16.1 E foi-se Sansão a Gaza, e viu ali uma mulher prostituta, e entrou a ela.
 Juizes 16.4 E, depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, cujo nome era Dalila
Aqui meus leitores fiz questão de colocar os versiculos para a vossa apreciação, aqui o Pr Claudinei gosta é de Biblia ,contra Biblia não ha argumentos, leiamos:
Mateus 26.41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca
2 Timóteo 2.22 Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor
1 João 1.9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça

Qualquer ser vivo nornal tem impulsos sexuais ,ate Jesus os teve ,e posso tratar disso em outra ocasião ,amem !? Mas  Pr Claudinei me perguntam frequentimente em minhas palestras para jovens e adolecentes e para casais tambem ,mais isto é pecado ?
Como controlar seus impulsos sexuais ?
Em Mateus 26.41, Jesus nos exorta: "Fiquem atentos e orem. De outro modo a tentação vencerá vocês".
A primeira atitude é vigiar. Portanto, você deve estar atento, como um sentinela na guerra. Ao perceber que determinada situação poderá levá-lo a pecar, não tente enfrentá-la, mas fuja!
"Tenha fé e' amor, e sinta prazer na companhia daqueles que amam o Senhor' e têm o coração puro" (2 Tm 2.22 - BV).
Ser tentado não é pecado. O pecado está em aceitar a tentação. Tiago 1.15 mostra os passos existentes entre o ser tentado e o pecar. Portanto, existe a possibilidade de, ao sermos tentados, não pecarmos.
A segunda atitude é orar. Reconheça seu pecado (Lc 18.13 e 14), confesse-o a Jesus e receba seu perdão, com base na promessa de 1 João 1.9 ("Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça'').
Aprenda a controlar sua mente. Quando seus pensamentos começarem a voar para as áreas de fantasias sexuais, faça como Paulo aconselha em Filipenses 4.8: firmem seus pensamentos naquilo que é verdadeiro, bom e direito. Pensem em coisas que sejam puras e agradáveis e detenham-se nas coisas boas e belas que há em outras pessoas. Pensem em todas as coisas pelas quais vocês possam louvar a Deus e alegrar-se com elas".

Aqui vão mais algumas dicas:
- Caso seu impulso sexual esteja "à flor da pele", não fique sozinho por longos períodos. Satanás pode facilmente trazer maus pensamentos à sua mente. Lembre-se do ditado: "Mente vazia, oficina do diabo".
- Pratique exercícios físicos, atividades esportivas ou projetos criativos para despender suas energias e desviar sua atenção de pensamentos eróticos.
- Procure ter como exemplo rapazes e moças que permaneceram na vontade de Deus em sua adolescência e foram recompensados por Ele. Compartilhe suas dificuldades com essas pessoas e aprenderá muito com as experiências que passaram, e das quais saíram vitoriosos.

III Escolheria melhor meus amigos e colegas :
Juizes 14.12-13 Disse-lhes, pois, Sansão: Eu vos darei um enigma a adivinhar, e, se nos sete dias das bodas mo declarardes e descobrirdes, vos darei trinta lençóis e trinta mudas de vestes. E, se mo não puderdes declarar, vós me dareis a mim os trinta lençóis e as trinta mudas de vestes. E eles lhe disseram: Dá-nos o teu enigma a adivinhar, para que o ouçamos.
Vejam bem Sansão querendo agradar ou ser amistoso com os filhos dos seus inimigos os Filisteus propõe um enigma ,mas abaixo vejamos o que a Biblia nos diz.
“BEM-AVENTURADO o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” - Salmos1, 1:
O Salmo 1 nos da quatro grandes conselhos para vivermos uma vida feliz , vejamos;
1-Não andar nos conselhos dos ímpios.
2-Não se deter nos caminhos dos pecadores.
3-Não assentar na roda dos escarnecedores.
4-  Medita e tem prazer na lei do Senhor .

Por favor leia com muita atenção as referencia que carinhosamente postei pra sua meditação sobre as conversas torpes;
Mateus 7 . 16 e 17; 12. 36;Lucas 6.45.;Colossensses 3.17.;Efesios 4.22-24,31; 5.19-20 ;2 Timóteo 2.22.;Atos 17.3. ;1 Corintios 6.10.

IV Pensaria duas veses antes de ficar ,namorar e tranzar ,e buscaria de Deus em oração .
Juizes 16.16 E sucedeu que, importunando-o ela todos os dias com as suas palavras e molestando-o, a sua alma se angustiou até à morte.
Este versículo nos leva a entender que Sansão estava apaixonado de mais para desconfiar de alguma traição por parte de Dalila ,aqui a baixo escrevi alguns versículos para nós vermos o perigo de cairmos nos laços da ``paixão proibida``algumas pessoas sempre me dizem Pr Claudinei eu gosto dos seus estudos porque o seu negocio e mostrado na Bíblia ,então receba Bíblia.
At. 15:29; 21 :25; I Co. 6: 13-18; II Co. 12:21; I Ts. 4:3- 5.
O cristão não deve, de forma alguma, namorar ímpios. Este grupo usa como respaldo o texto de Paulo em 2 Co 6.14-17.

Ja ouvi muitas pessoas me dizendo Claudinei depois que a gente começa a namorar ,a fé esfria ,mas sera que isso é verdade ?
Quando o namoro é prejudicial?
Observe, segundo o Pastor Caio Fábio D’Araújo Filho.
1. Quando é fora do tempo (Ec 3.5)
2. Quando não tem um ideal;
3. Quando é possessivo;
4. Quando é leviano (Pv 26.18-19)
5. Quando é indisciplinado (Pv 5.1-12);
6. Quando afeta a comunhão com a igreja;
7. Quando descamba para a impureza imoral (I Co 6.13)
 a) – O processo de infiltração no namoro começa no aconchego excessivo;
 b) – Com carícias em áreas demarcadas, vem o abrasamento (I Co 7.9)
 c) – O abrasamento leva à masturbação (I Co 6.13)
 d) – A masturbação é adultério (Mt 5.28).


Sexo antes do casamento é pecado ?
Muitas veses sou abordado por esta pergunta ,muitos jovens inclusive não crentes me perguntam - ``Pr Claudinei porque fazer sexo antes de casar é pecado ?

· Em Atos 15.29, em algumas versões da Bíblia, aparece a palavra fornicação: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos fará’. De acordo com o dicionários da Bíblia On-line, fornicação significa relações sexuais ilícitas.

· Conforme o dicionário Aurélio, fornicar significa “praticar o coito; copular”. Deus não iria proibir a prática sexual entre casados. A fornicação se estabelece entre não casados. Namoro não é casamento.

· Nenhum homem chegará a qualquer parenta da sua carne para descobrir a sua nudez” (Lv 18.6-30, 20.11,17,19-21). A única interpretação que podemos fazer desses versículos é que proíbem, explicitamente “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados. Tal proibição inclui, também, as caricias intimas, ainda que não consumado o ato sexual propriamente dito.

· O “domínio próprio” faz parte do fruto do Espírito, “e os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências”. Entre as obras da carne estão a prostituição, a lascívia e a impureza (Gl 5.19-24).

· Vejamos alguns exemplos de tradução da palavra grega “porneia”.

· Prostituição
– “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: a prostituição, a impureza, a paixão e vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Cl 3.5-6. V. 1 Ts 4.3; 2 Co 12.21; Mt 15:19).

· Impureza
– ‘Fugi da impureza [prostituição]” (1 Co 6.18; Ef 5.3).

· Relações sexuais ilícitas, uniões ilegítimas, imoralidade sexual, prostituição – Dependendo da versão utilizada, a palavra porneia é traduzida dessa forma. A Bíblia de Jerusalém usa a expressão “uniões ilegítimas” nos versículos de Atos 15.20, 29; 21.25. Em Mateus 5.32 e 19.9, usa o termo “fornicação”.

· Deus considera legitima a prática do sexo entre namorados, sem o vínculo conjugal? Vejamos o que Paulo diz: “Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o próprio marido”(1 Co 7.2). O apóstolo indica o leito conjugal como única forma de evitar-se o relacionamento ilegítimo, seja usado o termo fornicação, impureza ou prostituição, ou seja: para que não cometam impurezas sexuais, casem-se. Mas adiante (v.9) ele arremata: “Se não podem conter-se, casem-se; porque é melhor casar do que ficar ardendo em desejos [abrasar-se]. Então, a única forma de darmos curso aos desejos sexuais é no matrimonio: “Digno de honra entre todos seja o matrimonio, bem como o leito sem mácula, pois aos devassos [os que se dão à prostituição] e adúlteros Deus os julgará” (Hb 13.4). Logo, se os namorados não se sentem seguros na guarda da virgindade; se não já como conter os impulsos sexuais, melhor será que se casem.
E Lembre-se: "de todas as coisas o Senhor te pedirá conta”. Ec 11.9

V Daria valor a obra de Deus em minha vida.
Juízes 16.6-7 Disse, pois, Dalila a Sansão: Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande força e com que poderias ser amarrado para te poderem afligir. 7Disse-lhe Sansão: Se me amarrassem com sete vergas de vimes frescos, que ainda não estivessem secos, então, me enfraqueceria e seria como qualquer outro homem.
Não há nenhum registro em Juízes de Sansão se arrependendo, não lemos que ele queria uma vida santa que agrada a Deus ,nunca pensou em ninguém nem nos seus pais ,nem no seu povo nem em Deus ,nos so vemos Sansão querendo agradar a si próprio e mais ninguém a não se a Dalila ,nunca valorizou a aliança com Deus
Pecados só são perdoados quando são confessados ,você confessa a Deus os seus pecados ?
1 João 1.9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça

VI Eu teria orado antes de tomar as decisões.
Juízes 16.28 Então, Sansão clamou ao Senhor e disse: Senhor Jeová, peço-te que te lembres de mim e esforça-me agora, só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos.
Em toda a história de Sansão ele só orou duas vezes ,a primeira foi quando teve sede e a segunda e ultima vez foi quando já estava cego ,amarrado e zombado pelos seus inimigos cruéis ,e nunca mais ele orou ,mas seu testemunho ainda fala alto ,se quisermos ter um final diferente precisamos agir de forma diferente
O precioso comentario abaixo e da autoria de David Lago e muito preciso o que ele escreveu aqui ;
Sua história nos revela o quanto Satanás é astuto e nos oferece o mal de forma atraente. O jovem era muito usado por Javé, mas não teve cuidado de si mesmo e desprezou a Lei do Senhor, tornando-se presa fácil nas mãos da perigosa Dalila.

Foi necessário ser terrivelmente humilhado e perder a visão física para adquirir a espiritual. O colo de uma filistéia mostra que o mal pode nos ser oferecido de forma aconchegante e confortável. Parece que estamos seguros, mas caminhamos para a morte; sua insistência em fazer o nazireu contar-lhe seu segredo revela a perseverança do Diabo em nos fazer cair em suas ciladas com as próprias pernas.
Sejamos atentos e vigiemos, pois o adversário anda ao nosso derredor, bramando como um leão, esperando a quem possa tragar.

VII Se eu fosse Sansão nunca abriria mão de uma vida que agrada a Deus.
1Tessalonicensses 4.8
Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que continueis a progredir cada vez mais; porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus. Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra, não na paixão de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus. Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também, antes, vo-lo dissemos e testificamos. Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas, sim, a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo.
Conclusão:
A historia de Sansão me da duas visões escatológicas , a primeira é que a Israel só vencera completamente seus adiversarios quando obedecerem unicamente o grande Deus de Israel , ai sim o grande Templo dos inimigos no Domo da Rocha será completamente derrubado ,e a segunda é para o crente que quer vencer o mundo ,a carne e o Diabo ,eles só serão vencidos quando o crente morrer completamente para estas coisas ,figuradamente falando , e por fim Sansão é no final um tipo de Cristo que nos trouxe uma grande vitória quando expirou ``esta consumado``
 Queridos Jovens e Adolescentes ,precisamos plantar o que queremos colher (Gálatas 6.7) ,muitas pessoas só acordaram quando era tarde demais ,hoje é uma dádiva e,é por isso que se chama Presente

...que Deus abençoe a sua vida, ate a próximo estudo !
PrClaudinei do Nascimento


Fonte: http://vidamotivadasim.blogspot.com.br


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Se eu pudesse ter um lar outra vez...


Se eu pudesse ter um lar outra vez


Carlos adentrou o consultório e sentou-se à minha frente um tanto cabisbaixo e abatido.
-Tudo acabou, e desta vez não há mais esperança, disse ele.
Sua voz modulada por muita emotividade, deixava transparecer frustração e abatimento.
- Como se sente em relação a tudo isso? Perguntei-lhe.
- Por um lado estou triste, por outro, não! Estou triste por ver morrer tantos sonhos e planos que juntos construímos e ter que admitir o fim de mais de treze anos de união. Por outro lado, sinto-me, de certa forma, aliviado. Agora, talvez, não venhamos causar mais sofrimentos um ao outro, e possamos encontrar novos caminhos e novos horizontes, não obstante, nunca fosse esta a minha vontade.
Embora um tanto ferido e golpeado pelo fracasso na vida familiar, o experiente professor de quase 40 anos ainda exibia no fundo dos olhos uma inexplicável esperança de reconstruir seu lar. Desde os nossos primeiros encontros, aprendi a admirar sua prudência, humildade e sabedoria, porém aquele momento de crise parecia demandar todas as suas virtudes.
-O que faria se pudesse começar a vida outra vez ao lado de sua esposa e de seus filhos? Interroguei-lhe novamente. Ele permaneceu por algum tempo calado e sua resposta veio somente após algum tempo de uma sensível reflexão. Olhando-me firmemente nos olhos, suas palavras passaram a revelar profundas verdades de sabedoria, que durante todos aqueles anos permaneceram escondidas no profundo de seu coração. Se eu pudesse ter um lar outra vez, disse ele:
1 – EU AMARIA MAIS
Hoje, posso compreender que a principal causa da ruína de muitos relacionamentos é que as demonstrações de afeto e carinho vão lentamente se extinguindo, até desaparecerem por completo. Em muitos relacionamentos não é o amor que se acaba, mas sim, o empenho e a vontade para expressá-lo. A falta de interesse e espontaneidade em compartilhar amor é o caminho mais curto e seguro para apagá-lo. O amor nunca morre de morte natural, disse Anais Nin, mas quando se deixam de alimentar suas fontes. Se eu pudesse ter um lar outra vez, aproveitaria mais as oportunidades e ocasiões para expressar o amor.
A cada dia, me esforçaria por tornar esse amor uma experiência prática e visível. Deixaria claramente que meus filhos contemplassem nossos beijos e abraços, e que outras pessoas notassem nosso caminhar de mãos dadas e nossos afagos, sem me envergonhar disso. Acima de tudo, traduziria esse amor em palavras e não deixaria que nenhuma outra dádiva pudesse substituí-las. Só aqueles que declaram seu amor podem edificar as bases para serem amados, e só os que compartilham o amor, sem reservas, podem esperar a recompensa de seus esforços.
O egoísta faz de seus sentimentos um círculo para o isolamento, mas aquele que ama, faz do amor uma ponte para atingir os corações. O egoísta sempre busca receber mais do que oferece, mas aquele que ama, procura primeiro ser e proporcionar ao outro, tudo aquilo que ele mesmo deseja receber. Prescindir de atitudes e palavras de amor em um relacionamento é fatalmente ir decretando seu fracasso e sua morte. Por isso, se eu pudesse ter um lar outra vez, eu dedicaria mais amor à minha esposa e aos meus filhos.
Sobretudo, me empenharia em amar e respeitar a mim mesmo. Creio que não podemos amar verdadeiramente aos outros, se não aprendemos a amar a nós mesmos. Uma pessoa que não se valoriza, aos poucos também vai perdendo o encanto aos olhos do outro. Temos que amar a nós mesmos para transmitir aos outros a segurança para que também nos ame. Aquele que não aprendeu a valorizar a si mesmo, tampouco dará valor ao amor do outro, uma vez que não se sentirá digno desse amor, e por isso tenderá a rejeitá-lo ou depreciá-lo. Se eu pudesse ter um lar outra vez, eu procuraria me estimar mais, porque me valorizando eu estaria valorizando, na verdade, o próprio amor de minha esposa por mim. Amando-a com ternura e respeito eu estaria amando a mim mesmo e valorizando o meu próprio potencial. Estaria reconhecendo a importância do seu amor para minha própria segurança e aceitação. Em verdade, eu me amaria mais, apenas para dessa forma poder amá-la mais e melhor. Só a sensação do verdadeiro amor pode dar ao coração a dignidade para investir em sonhos, e só ele nos confere a segurança para alcançarmos nossos planos e objetivos.
2 – EU NÃO POUPARIA ELOGIOS
Com freqüência, em nossos lares, somos tão ávidos em apontar defeitos e a criticar as falhas, mas somos tão resguardados quanto a fazer elogios e a destacar as virtudes. Muitos relacionamentos seriam aprimorados se, apenas, houvesse mais empenho em admirar um ao outro, entretanto contidos por uma timidez defensiva, muitos hesitam em revelar isso. Pais e filhos poderiam se tornar mais íntimos caso demonstrassem mais apreciação uns pelos outros, mas se ocultam por detrás de um orgulho carente, e não expõem seus sentimentos. Se eu pudesse ter um lar outra vez, não iria poupar esforços em elogiar minha esposa e meus filhos. Procuraria todos os dias, ocasiões para destacar suas virtudes e assinalar suas qualidades de maneira honesta e sincera. Estaria mais atento às vezes em que ela fosse ao cabeleireiro e a perceber os novos arranjos de seu penteado. Ao me sentar à mesa estaria mais atento a qualquer novo sabor de sua comida, e quando fôssemos sair, eu ficaria vigilante para apreciar qualquer belo detalhe em sua roupa. Não deixaria de incentivar minhas crianças ainda quando elas errassem e de declarar o quanto me orgulhava de tê-las como filhos.
Eu elogiaria mais, porém faria isso, sobretudo na frente dos outros, para que os outros conhecessem suas qualidades e o quanto eu mesmo as apreciava. A arte de fazer elogios é o primeiro passo na arte de amar as pessoas, afirmou George W. Crane. Eu elogiaria, e assim abriria caminhos para o amor, derribando as gélidas paredes da mediocridade e da rejeição. Para cada defeito de meus familiares eu procuraria considerar as inúmeras qualidades e para cada erro eu consideraria as muitas vezes em que já acertaram. Elogiar de maneira justa e sincera é investir no amor. Creio que o elogio franco e leal é um alimento para a alma e fortalece os relacionamentos. Aqueles que costumam fazer uso dele, formam terreno para que o amor floresça e perdure.
3 – EU TOMARIA A INICIATIVA DO DIÁLOGO
Em qualquer relacionamento, quando existe qualquer conflito ou discórdia, é muito comum que uma das partes se feche ou emburre dominado pela mágoa e pelo ressentimento. O egoísmo e o orgulho ferido podem tornar a comunicação um processo impraticável e enfraquecer o amor e a amizade. Porém, se eu pudesse ter um lar outra vez, eu cuidaria para que o rancor e a mágoa nunca se tornassem obstáculos para o diálogo e o perdão. Com freqüência, perdemos tanto tempo deixando amadurecer a ira e preservando o silêncio, que a hostilidade e a antipatia acabam por sufocar o amor no coração. É justamente quando se vai morrendo o diálogo que se aviva a ira, abrindo espaços para a agressão física ou verbal. Há pouco tempo uma esposa amargurada me confessou: – A pior solidão é aquela que se vive a dois, pela total ausência de diálogo.
Creio que o “suave milagre” que abrandaria muitos corações amargurados e cheios de ira, seria simplesmente a prática do diálogo aberto e sincero com os familiares. Se eu pudesse reconstruir meu lar pesaria mais o poder das minhas palavras e as passaria pelo crivo da verdade, da edificação e da necessidade. Procuraria o diálogo mesmo quando estivesse coberto de razão, pois a parte que se julga certa e ferida é geralmente a mais hesitante em perdoar e esquecer. Se porventura percebesse que estava irritado ou ferido demais para dialogar, me infligiria à disciplina do silêncio até que tudo se acalmasse, ou caminharia lentamente pela praça, mas não permaneceria remoendo vingança, desforra ou retaliação. Existem muitas maneiras de se transmitir amor, mas são as boas palavras e a comunicação franca e sincera, a maneira mais rápida e segura de expressar sentimentos e transformar o coração.
4 – EU PERDOARIA MAIS E PEDIRIA MAIS PERDÃO
Aprender a reconhecer erros, e a pedir e conceder o perdão é um dos maiores atos de grandeza em um relacionamento. O perdão impede que o rancor e o ódio se abriguem e contamine a mente e o coração. A relutância em conceder ou pedir perdão é a ferida que mina a afeição e acaba destruindo grandes relacionamentos. Há algum tempo, uma senhora casada me procurou e confessou: – Quando eu era menina e fazia alguma coisa errada minha mãe passava dias sem conversar comigo como castigo. Ela nunca me agraciava com o seu perdão. Até hoje carrego, em minha vida, as conseqüências daqueles anos. Por isso, se eu pudesse ter um lar outra vez, eu perdoaria mais e me disciplinaria a pedir mais perdão.
Caso pudesse restaurar meu lar outra vez, teria mais coragem para reconhecer meus erros e mais humildade para corrigi-los. Pediria perdão pela voz alterada, pela data esquecida, pela acusação sem fatos, pela paciência não contida. Porém, pediria perdão logo, e não permitiria que a ira se arrastasse até o dia de amanhã, pois o ódio quando nutrido, torna mais duro e insensível o coração. De igual maneira, eu escolheria perdoar mais. Perdoaria mais o atraso dela para algum compromisso, a palavra que não consegui digerir, a falta de tempo que interpretei como indiferença, ou o sorriso inadequado que julguei ser deboche. Corrigiria meus filhos, quando necessário, mas nunca permitiria que a disciplina se tornasse um obstáculo para a expressão do amor. Dar e pedir perdão pode parecer frouxidão e fraqueza, mas são atitudes dignas dos fortes, daqueles que enaltecem o amor e procuram mantê-lo vivo em seus relacionamentos.
5- EU NÃO PRESCINDIRIA DO TOQUE
Com muita freqüência a indiferença, o afastamento e o prescindir do toque é um dos sintomas dos relacionamentos que se tornam antigos e monótonos. Tenho notado que entre aqueles que se afastam, há um processo lento e contínuo de ausência de afagos, carinhos e beijos. Se eu pudesse reconstruir o meu lar, colocaria como primazia abraçar e tocar mais vezes meus familiares. Ao retornar para casa no final de mais um dia, eu não deixaria de beijá-los. Quando retornasse de alguma viagem permaneceria um tempo abraçado com ela, antes mesmo de entrar em casa. Mesmo nas reuniões da igreja, eu não deixaria de abraçá-la ou segurar suas mãos e permitiria que ela inclinasse sua cabeça sobre meus ombros, ainda que alguns olhassem em tom de reprovação.
Eu procuraria tocar e abraçar minha esposa, sobretudo nos momentos considerados neutros, quando ela nem ao menos esperasse. Caminharia mais vezes, abraçado com ela pelas ruas, a levaria mais vezes comigo em meus compromissos e iria buscá-la mais vezes na escola, ou no trabalho. Foi o reverendo Theodore Hesburg que uma vez expressou: a coisa mais importante que um pai pode fazer por seu filho, é amar a mãe dele e vice-versa. Os filhos podem aprender a expressar o amor e sentir maior segurança no mundo se percebem que existe amor e respeito entre seus pais, escreveu Jonh Drescher. Aqueles que procuram manter sempre vivas as demonstrações de afagos, carinhos e toques em sua família, abrem um caminho para que o amor cresça e jamais se apague.
6 – EU TOMARIA MAIS TEMPO PARA SORRIR
Tenho percebido que o mau-humor e as preocupações excessivas são combinações perniciosas que podem azedar muitos relacionamentos. Em muitas ocasiões levamos a vida tão a sério, que a angústia e os aborrecimentos tornam a convivência um fardo insuportável. Muitas vezes, carregamos para os nossos lares todos os dissabores de cada dia e, nem sequer, nos olvidamos em deixar transparecer nosso desprazer e descontentamento. Transferimos nossas zangas para nossos familiares de modo que todos são afligidos e contaminados. Esquecemos que relaxar, brincar e sorrir são os bálsamos que podem alegrar e restaurar muitas casas tristes e silenciosas. Lembro-me do meu caçula quando nos inocentes anos da infância se atirava em meu colo antes de dormir e me pedia: – Papai conte-me uma história engraçada para que eu possa rir quando estiver dormindo.
Se eu pudesse ter um lar outra vez, eu riria mais, pois já descobri que muitas situações que por vezes nos levam ao nervosismo e ao mau humor poderiam ser aliviadas, apenas, com uma boa gargalhada. É gostoso conviver com pessoas alegres e engraçadas, mas é tão difícil conviver com aquelas que levam tudo tão a sério, que têm a resposta pronta para tudo, e que sempre se defendem com justificativas e racionalizações. Se eu pudesse ter um lar novamente, eu pensaria em mais histórias engraçadas para contar à minha esposa e aos meus filhos, ao invés de só retalhar falhas ou deveres. Riria do bolo queimado que ficou duro como uma pedra e do arroz papa que saiu sem um pingo de sal. Riria quando as crianças se amontoassem em meu colo depois de um dia de trabalho e me pintassem o rosto com tinta guache. Riria quando ao abrir minha mala no hotel descobrisse que ela se esqueceu de colocar minhas peças íntimas e, ao invés disso, as trocou pelas dela. Riria quando tropeçasse e caísse diante de todas as crianças ainda que doesse um pouco. Eu riria mais, e assim as coisas se tornariam menos aflitivas e oprimentes e a convivência passaria a ser mais cheia de alegria e significado.
7 – EU LHES FALARIA MAIS SOBRE DEUS
Em muitas ocasiões, em nossos lares, podemos nos tornar tímidos e indiferentes no que diz respeito aos assuntos espirituais que praticamente os extinguimos de nossas relações familiares. Se eu pudesse ter um lar outra vez faria de Deus um constante aliado na direção de minha família. No mundo atual criar um filho sem fé e sem religião é como soltá-lo, sem bússola e sem remo, no oceano da vida. É torná-lo forte candidato a fracassar no amor e na vida.
Creio que a maior tentação no mundo, hoje, é a de nos tornarmos tão preocupados e absortos com os assuntos do dia-a-dia e com a busca do próprio bem-estar, que perdemos o senso da dependência de Deus. Deixamos de compartilhar momentos de oração e meditação e nos tornamos tímidos em dedicarmos tempo para orarmos unidos em família. Se eu, porém, pudesse reconstruir o meu lar, gastaria mais tempo em comunhão com Deus, ao invés de lutar com as minhas próprias forças para superar problemas ou prover necessidades. Convidaria mais vezes minha esposa e meus filhos para que orassem comigo e, acima de tudo, lhes ensinaria o sobre amor de Deus.
Se deixarmos o coração de nossos filhos vazios de uma fé e de uma religião, eles poderão preenchê-lo com danosos substitutos, que não restará mais lugar para Deus. Um dia uma professora fez uma bela descrição para a sua classe sobre o amor e o caráter de Deus. No final, um pequeno menino ergueu a mão e disse: – Professora, Deus é igualzinho ao meu pai. Se eu pudesse ter um lar outra vez era isto o que eu queria ser.
UM NOVO COMEÇO?
Após me falar todas essas palavras, Carlos abaixou a cabeça e permaneceu algum tempo calado e reflexivo. Seus olhos foram se fechando e uma pequena lágrima apareceu. Esperei com paciência e novamente lhe dirigi a palavra.
- Carlos, por que você não procura outra vez seus familiares e tenta dar uma nova oportunidade ao amor? Como você mesmo disse, o mais difícil na reconstrução de um lar assolado é deixar prevalecer o orgulho e o egoísmo. São essas as mazelas que nos impedem de nos humilharmos e procurarmos o diálogo e o perdão. Podemos ter todas as soluções em nossa mente, mas nada mudará se não tomarmos uma atitude e a colocarmos em ação. Por que não toma essa decisão hoje?
Naquele exato momento, ele se levantou e saiu, desaparecendo no final do comprido corredor. Fiquei, por alguns instantes, calado e refletindo. Como um homem que compreendia todas essas verdades poderia estar vivendo uma situação como essa? Voltei meus pensamentos para Deus. Talvez seu aparente fracasso familiar tenha sido uma oportunidade para o aprendizado de grandes verdades e sábias lições para o seu amadurecimento. Compreendi que o nosso Pai Celestial é sempre o Deus da segunda chance e que “Suas misericórdias… renovam-se cada manhã.” Lamentações 3: 22, 23.


Eronides Conceição Palmeira de Nicola
Pedagogo
Psicólogo Clínico
Mestre em Psicologia da Saúde

O que mais contribui para o fim do casamento?



O que mais contribui para o fim do casamento?


Se tivesse apenas uma frase para responder ao título, citaria o Salmo 127:1, onde Salomão, o homem mais sábio que já viveu, diz que “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam”. Neste caso, o fracasso de uma relação teria o seu motivo centralizado na ausência de um Construtor – o Senhor. Salomão, inspirado por Deus, está querendo nos dizer que para uma casa, um lar ser solidamente edificado, é preciso convidar ao Senhor para construí-lo. E isso deve começar a acontecer já no namoro. É nesta fase que os dois devem começar a orar juntos (por mais embaraçoso que possa parecer a princípio), e partilhar de momentos devocionais a dois. Depois do casamento, se essa estrutura espiritual não for sólida o suficiente, pode rachar e ruir diante dos conflitos e problemas que abalam a toda e qualquer família durante o seu ciclo vital.
Entre as crises naturais que geralmente abalam o relacionamento de um casal, e que constituem parte natural do ciclo vital da família, estão o próprio casamento (com a necessidade do estabelecimento de novas regras de convivência, etc.), o nascimento de um filho (ou de mais um filho), a adolescência de um ou mais filhos, a menopausa ou a controversa andropausa (com o fantasma da disfunção erétil) e a saída dos filhos de casa (esta é a conhecida síndrome do “ninho vazio”). Além dessas crises, existem outras circunstâncias, não comuns ao ciclo vital, mas que também podem afetar a vida familiar, como o desemprego de um ou dos dois cônjuges, a morte de um membro da família, crise financeira, doença grave ou incurável, o nascimento de um filho com deficiência ou a mudança de toda a família para outro lugar (pastores, militares e gerentes de banco sabem muito bem o que isso significa…). E não podemos deixar de citar as causas popularmente mais conhecidas para a separação como a famosa “incompatibilidade”, agressões físicas, a infidelidade por parte de um (ou dos dois), abuso sexual dos filhos e a “perda” do amor. Mas será que qualquer um desses motivos, diante de Deus, seria desculpa aceitável para a separação? A resposta, na maioria dos casos, deveria ser um firme não, mas em outros, precisamos reconhecer que não é fácil.
Por falar em “perda do amor”, esta causa acaba sendo uma das mais citadas simplesmente pelo fato de que todas as anteriores acabam desembocando nela. É por isso que, aparentemente contradizendo o que foi afirmado no início do texto, poderíamos dizer que o que mais contribuiria para o fim de um casamento seria então a tal perda do amor. Na verdade, o que se verifica é que o que mais contribui para a perda do amor dentro de uma relação é o fato de que hoje o verdadeiro amor não é mais conhecido nem reconhecido. À exceção de uns poucos felizardos, quase ninguém mais sabe como ele é! E, de acordo com uma das máximas da comunicação, aquilo que não é visto, não é conhecido e portanto não existe. Como poderia alguém conservar, cuidar ou até procurar um objeto que nunca tenha visto? Procurar um livro acerca do qual você nada sabe, nem mesmo a cor da capa, o assunto, ou o título, seria uma tarefa virtualmente impossível. Poderia até ser que você o encontrasse por acaso, mas não iria reconhecê-lo, e, possivelmente, sem saber o desprezaria! E, então, como pode alguém manter o amor dentro do casamento sem saber como ele é?
Bem, o amor verdadeiro, como é descrito na Bíblia, não é algo que mora com os homens. A experiência do amor verdadeiro é uma impossibilidade para um ser humano normal, que não anda com Deus. Isso que as pessoas sentem por aí pode até ser parecido com amor, mas ao fim percebe-se que tem muito mais de egoísmo que de amor. Ellen G. White, já há dois séculos, dizia que o oposto do amor não é o ódio, como muita gente pensa, mas sim o egoísmo (veja, por exemplo, Mente, Caráter e Personalidade, p. 205, 206, 562 e 606). Os relacionamentos do mundo moderno, dos filmes e das novelas, estão muito mais baseados nos sentimentos momentâneos do coração egoísta e pecaminoso do que nos altos e puros princípios do amor, como estão explicados na Palavra de Deus. A miséria e o sofrimento que têm assolado quase que gerações inteiras, como a nossa, têm como causa certa a imitação consciente ou não desses padrões inapropriados do assim chamado “amor”. E, mesmo assim, tem muita gente aconselhando por aí: “Você tem mesmo é que seguir o seu coração!” Mas como seguir meu coração, isto é, meus sentimentos (que mudam de uma hora para a outra), se a Bíblia diz que “enganoso é o coração do homem, desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jr 17:9). Seguir apenas os sentimentos de um coração pecaminoso, sem Deus, não é apenas loucura. É crueldade para consigo mesmo e para com os outros.
Portanto, você e eu precisamos saber que o verdadeiro amor não é um sentimento apenas, ou uma atração louca e irresistível, irracional até. Essa ideia é fruto do pecado, da mídia moralmente comprometida, das novelas e dos sonhos de uma Hollywood sem Deus. O verdadeiro amor, na verdade, é uma parte do caráter de Deus, que Ele dá a cada dia, pela manhã, para Seus filhos, quando eles O buscam em família e em particular, através do culto familiar, da oração, da meditação e da leitura da Bíblia. Esse amor não tem em vista apenas seus próprios sentimentos, direitos e necessidades, mas em primeiro lugar os sentimentos, necessidades e direitos dos outros (Filipenses 2:3 e 4). Na verdade, como diz John Powel, “amor é um compromisso incondicional com uma pessoa imperfeita”. E é verdade: sem esse amor, não existe casamento que resista. E se durar, dura apenas para matar, para maltratar e traumatizar, e para mostrar aos filhos que, pelo menos para os pais, Deus não existe! Porque “aquele que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor”!


Marcos Faiock Bomfim

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Como as ostras fazem as pérolas?

 

Você sabia que uma ostra que não foi ferida não produz pérola?
Pois é verdade, as pérolas são produtos da dor que resultam da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia.


A pérola é o resultado desta substância estranha que desliza para dentro da ostra e ocasiona uma irritação.

As pérolas são feridas curadas. Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada NÁCAR (madrepérola). Quando um grão de areia penetra na concha as células do Nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.

Vai aumentando o tamanho da Pérola muito lentamente, até que ela atinja certo tamanho. Se esse tamanho ultrapassa certo limite, a ostra morre. Por isso, não existem Pérolas muito grandes. Como resultado, uma linda pérola se vai formando.

Ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérola pois esta não é mais que “uma ferida cicatrizada”.

A maioria das jóias são confeccionadas usando-se metais preciosos e pedras preciosas encontradas no solo, porém as pérolas são encontradas dentro de uma criatura viva, a ostra. As pérolas são resultado de um processo biológico - é a maneira da ostra se proteger de substâncias estranhas.

As ostras não são os únicos moluscos que podem produzir pérolas: mexilhões e amêijoas (espécies de mariscos) também produzem pérolas, mas esta é uma ocorrência muito mais rara. O processo é o mesmo que o das ostras. A diferença está nas cores, que são mais variadas, e nos formatos muito irregulares.
A maioria das pérolas são produzidas pelas ostras, tanto em ambientes de água doce quanto de água salgada.

Para entender como as pérolas são formadas nas ostras, você deve primeiro entender a anatomia básica de uma ostra.

Ostras são bivalves, o que significa que suas conchas são formadas de duas partes, as valvas. As valvas das conchas são mantidas juntas por um ligamento elástico. Este ligamento é posicionado onde as valvas se juntam, e usualmente as mantém abertas para que as ostras possam se alimentar.

Essas são as partes de uma ostra dentro da concha:

Como a ostra cresce de tamanho, sua concha também deve crescer. O manto é um órgão que origina a concha da ostra, usando os minerais dos alimentos. O material criado pelo manto é chamado madrepérola. A madrepérola alinha o interior da concha.

A formação de uma pérola natural começa quando uma substância estranha desliza para dentro da ostra, entre o manto e a concha, o que irrita o manto. A reação natural da ostra é cobrir esta irritação para se proteger. O manto cobre a irritação com camadas da mesma substância de madrepérola, que é usada para criar a concha. Isto eventualmente forma uma pérola.

Portanto, uma pérola é uma substância estranha coberta com camadas de madrepérola. A maioria das pérolas que vemos nas joalherias são objetos bem redondos, e são as mais valiosas. Nem todas as pérolas se saem tão bem assim. Algumas pérolas possuem um formato irregular - estas são chamadas pérolas barrocas. 
As perolas, como você provavelmente já notou, possuem grande variedade de cores, incluindo branca, preta, cinza, vermelha, azul e verde.
A cor muda de acordo com o tipo de ostra e com a região em que ela vive: minerais e proteínas presentes na água podem dar cores diferentes à pérola.

A maioria das pérolas podem ser encontradas por todo o mundo, mas as pérolas pretas são nativas do sul do Pacífico.

A cada 100 pérolas produzidas na natureza somente uma é negra Elas são feitas pela ostra-dos-lábios-negros, que habita a região da Polinésia Francesa, e são as mais raras e caras do mundo!

Nem toda ostra faz pérola. A concha do bicho costuma ser bem selada e é difícil um invasor entrar. Na natureza, isso acontece em apenas um em cada 10 mil animais. Por isso, as pérolas são tão valiosas.

As pérolas cultivadas são criadas pelo mesmo processo que as pérolas naturais, mas claro, com uma mãozinha dos criadores. Para criar uma pérola cultivada, o criador abre a concha da ostra e faz uma pequena fenda no tecido do manto. Pequenas irritações são então inseridas por baixo do manto. Em pérolas cultivadas em água doce, cortar o manto da ostra é o suficiente para induzir a secreção de madrepérola que produz uma pérola sem que para isso um corpo estranho tenha que ser inserido.

Apesar das pérolas cultivadas e naturais serem consideradas de igual qualidade, pérolas cultivadas tem geralmente um valor menor, já que não são tão raras.


Fonte: Você realmente sabia?


APLICAÇÃO PESSOAL: OSTRAS QUE NÃO SÃO FERIDAS NÃO PRODUZEM PÉROLAS!!!

 

Por isso entenda: muitos são chamados, poucos são escolhidos! Você é um instrumento nas mãos de Deus! O processo é doloroso, mas você precisa crer que essas feridas são necessárias para que você produza lindas pérolas! Se você está machucado(a), não temas, pois Deus está cuidando de tudo! Ele é contigo! É como diz o ditado popular: 'não se atira pedra em árvore sem frutos.'!!! Então acredite: você está produzindo, você está no caminho certo... Glorifique ao nome do Senhor, pois Ele colocou um lindo presente nas tuas mãos e a tua coroa já está preparada!


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Os grandes reinos do mundo

Os Grandes Reinos do Mundo

É uma experiência fantástica! Todos os presentes ficam em pé à medida que a melodia triunfante do “Coro de Aleluia” invade o auditório:
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
Pois o Senhor onipotente reina...
O reino deste mundo
Se tornou o reino do Senhor e do Seu Cristo...
E Ele reinará para sempre...
Rei dos reis! E Grande Senhor!
Aleluia!
O clímax do Messias de Georg Friedrich Händel, extraído do último livro da Bíblia, descreve o evento mais significativo nas profecias: a revelação de Jesus Cristo. O apóstolo João escreveu as palavras, e elas ampliam uma profecia do Livro de Daniel, o qual apresenta o esboço da progressão da história humana, que culmina no mesmo glorioso evento.
No ano 605 a.C., Nabucodonosor invadiu Jerusalém. Tendo recebido a notícia que seu pai, Nabopolasar, havia morrido, ele voltou à Babilônia para assumir o trono, levando consigo utensílios saqueados do Templo e também um seleto grupo de jovens judeus cativos. Daniel estava entre eles. Esta foi a primeira deportação. A última terminou em 586 a.C., com a destruição de Jerusalém e do Templo que o rei Salomão havia construído.
Na Babilônia, Daniel serviu a Deus com toda a dedicação. Ele demonstrava uma sabedoria tamanha que conquistou um lugar de proeminência que durou o tempo do reinado de vários reis, prolongando-se além da época do Império Babilônico. Não nos surpreende que Deus tenha confiado a ele a sinopse da história do mundo, uma vez que ele era “muito amado por Deus” (Dn 9.23; Dn 10.11,19).
Logo depois de chegar à Babilônia, Daniel interpretou o sonho problemático de Nabucodonosor a respeito de uma grande imagem com a cabeça de ouro, peito e braços de prata, abdômen e coxas de bronze, pernas de ferro e pés de ferro e de barro (Dn 2.21-35). Enquanto o rei a observava, uma pedra esmagou os pés da imagem, fazendo aquele colosso se despedaçar no chão.
Daniel explicou que a cabeça de ouro representava a Babilônia. Depois se seguiram três impérios gentílicos sucessivamente inferiores, que finalmente foram transformados em pó e espalhados pelo vento.

Os Três Primeiros Animais

Aproximadamente 50 anos mais tarde, Daniel teve um sonho que se assemelhava ao sonho de Nabucodonosor. De dentro de um mar turbulento e agitado emergiram quatro animais correspondendo aos quatro reinos do sonho de Nabucodonosor. Os dois sonhos enfatizam os mesmos impérios mundiais. Vistos de uma perspectiva humana, escreveu o estudioso da Bíblia John Walvoord, parecem “gloriosos e impositivos”; mas, do ponto de vista divino, as características dominantes são “a imoralidade, a brutalidade e a depravação”.[1]

Leão

O primeiro animal era como um leão, tinha asas de águia, e é quase que universalmente reconhecido como a Babilônia (Dn 7.4; cf. Jr 49.19-22). Enquanto Daniel olhava, as asas foram arrancadas, limitando seu potencial para futuras conquistas (Dn 7.4).[2] Ele foi “levantado da terra e posto em dois pés, como homem; e lhe foi dada mente de homem” (v.4). Muitos crêem que isso se refere ao tempo em que Deus julgou Nabucodonosor por seu orgulho, fazendo-o ficar como um animal durante sete anos. Ele emergiu com uma nova atitude diante de Deus (Dn 4.36).

Urso

Movendo-se com dificuldade pela praia atrás do leão com asas, estava uma criatura “semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um de seus lados; na boca, entre os dentes, trazia três costelas” (Dn 7.5). O urso lento e desajeitado com um apetite voraz representa acuradamente o Império Medo-Persa. Grande e poderoso, ele conquistava através da “força dos números, por meio de uma capacidade elástica de absorver as causalidades”.[3] O urso levantado sobre um de seus lados parece indicar a crescente dominação da Pérsia, que finalmente absorveu os medos.[4]
As costelas entre os dentes do urso representam três reinos que ele devorou; são provavelmente o reino da Lídia, que caiu sob o poder de Ciro em 546 a.C.; o Império Caldeu anexado em 539 a.C.; e o Império Egípcio dominado sob o poder de Cambises em 525 a.C.[5] Ao urso foi dito: “Levanta-te, devora muita carne” (Dn 7.5).
Em outra das visões de Daniel, o império é retratado como um carneiro com um chifre mais alto do que o outro, que “dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir” (Dn 8.4).

Leopardo

A próxima criatura que surgiu da arrebentação era “semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio” (Dn 7.6). A velocidade do leopardo, acelerada por quatro asas, caracterizava com precisão os exércitos da Grécia comandados por Alexandre o Grande, que conquistou o mundo em aproximadamente uma década. A história mostra que logo após sua morte, em 323 a.C., o Império Grego foi dividido em quatro partes, entre Antípater (que foi sucedido por Cassandro), Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.[6]
Na visão subseqüente, o Império Grego é representado por um bode com um grande chifre que é quebrado e substituído por quatro chifres notáveis (Dn 8.5,8,21). Depois, de um dos quatro chifres, surgiu um pequeno chifre, historicamente personificado por Antíoco IV, que governou a Síria de 175 a 164 a.C. (v.9). Buscando helenizar Israel, ele baniu o judaísmo, sacrificou um porco no altar do Templo, e erigiu uma estátua de Zeus nos átrios do templo. Essa estátua tinha a aparência do próprio Antíoco. O Templo foi mais tarde retomado e novamente dedicado a Deus, como Daniel profetizou (v.14).

A Besta Terrível

O último animal que emergiu do mar era “terrível, espantoso, e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; ... e tinha dez chifres” (Dn 7.7). Sem possuir nenhum equivalente no mundo animal, esse monstro simboliza “um poder mundial singularmente voraz, cruel e também vingativo”.[7]
Segundo Walvoord: “O Império Romano foi sem escrúpulos e implacável na destruição de civilizações e povos, matando cativos aos milhares ou vendendo-os como escravos às centenas de milhares”.[8]
Nada na história até hoje equivale à descrição: “Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino” (v.24). Como os artelhos no sonho de Nabucodonosor, os dez chifres indicam uma futura coalizão de governadores que existirão contemporaneamente.
Enquanto Daniel olhava, ele viu “que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência” (v.8). Não devendo ser confundido com o “pequeno chifre” associado ao Império Grego, o chifre de Daniel 7.8 emerge depois de haver deposto três governadores e representa o ditador mundial final (cf. Dn 7.24-25; Dn 11.36-45; 2 Ts 2.3-8; Ap 13.1-8).[9] Sob sua liderança, o Império Romano ressurge refletindo seu caráter enganoso, blasfemo e implacável.
Exigindo que o mundo o adore e destruindo todos os que se recusam a se sujeitar, esse líder mundial final é o Anticristo. Ele concentrará sua hostilidade contra o povo judeu, resultando em “grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21).
Uma moeda de bronze, cunhada após a destruição de Jerusalém ocorrida em 70 d.C. Na frente/cara vê-se um retrato do imperador romano Vespasiano; no verso/coroa, vê-se a inscrição latina “Judea Capta”, que significa “A Judéia está vencida”.
Alarmado, Daniel ficou olhando até que viu “que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado” (Dn 7.11), fazendo um paralelo com a revelação do apóstolo João na qual “a besta foi aprisionada (...) [e ela, juntamente com o falso profeta,] foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre” (Ap 19.20).
O Anticristo será o primeiro habitante do Lago de Fogo, e sua destruição põe fim à dominação gentílica do mundo.
O Messias, representado pela pedra que “foi cortada sem auxílio de mãos” no sonho de Nabucodonosor, então estabelecerá Seu reino, como descrito por Daniel: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído” (Dn 7.13-14).
Naquele momento, “o reino do mundo [se tornará] de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11.15). Aleluia! (Charles E. McCracken - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

Notas:

  1. John Walvoord, Daniel: The Key to Prophetic Revelation [A Chave Para a Revelação Profética] (Chicago: Moody Press, 1971), 151.
  2. Albert Barnes, Notes on the Old Testament [Notas Sobre o Antigo Testamento], “Daniel” (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1980), 47.
  3. Will Durant, Our Oriental Heritage [Nossa Herança Oriental] (New York: Simon and Shuster, 1954), 360.
  4. Walvoord, 156.
  5. Frank E. Gabelein, Ed., Expositors Bible Commentary [Comentário Bíblico de Expositores] (Grand Rapids: Zondervan, 1985), 7:86.
  6. Ibid.
  7. H. C. Leupold, citado em Walvoord, 161.
  8. Ibid.
  9. H. A. Ironside, Lectures on Daniel the Prophet [Palestras Sobre Daniel o Profeta] (Neptune, NJ: Loizeaux Brothers, 1982), 133.
Charles E. McCracken é diretor de The Friends of Israel para o Canadá, em Brampton, Ontário.

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, Fevereiro de 2011.

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Fonte: Chamada da Meia Noite

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Entendendo o livro de Oséias

Versículo por versículo


Oséias escreveu no oitavo século a.C. (segundo as datas dos reinados dos reis mencionados em 1:1), durante a mesma época do trabalho de Amós (Amós 1:1), Isaías (Isaías 1:1) e Miquéias (Miquéias 1:1). Ele fala sobre o povo que se achava bom e próspero, mas estavá se apodrecendo por causa da idolatria, a imoralidade e a injustiça. Destes quatro, Amós e Oséias profetizaram principalmente para Israel, e Isaías e Miquéias pregaram mais para Judá.
Oséias viveu nos últimos dias do reino de Israel. Devido a séculos de pecado, o povo estava chegando ao fim. A infidelidade espiritual do povo é comparada ao pecado de adultério. Para conhecer mais esse período da história, leia 2 Reis 14-17 e 2 Crônicas 26-29.
O livro de Oséias, talvez mais do que qualquer outro livro do Velho Testamento, expõe o coração de Deus. Oséias vive no próprio casamento o que Deus estava passando em relação a Israel. Os primeiros três capítulos descrevem a vida de Oséias. Ele se casa, mas a mulher dele se torna adúltera. Ele sofre com a infidelidade dela, mas ainda mostra a misericórdia para tomá-la de volta. Assim Deus viu a sua noiva, o povo de Israel, se envolvendo com "outros deuses", ou seja, cometendo adultério espiritual. Mesmo depois de tudo que Israel havia feito, Deus teria graça e misericórdia para reconciliar com esta esposa adúltera e estabelecer uma nova aliança com ela.
Nos próximos estudos, vamos examinar o texto deste livro impressionante.

1:1
O nome "Oséias" quer dizer "salvação". Como freqüentemente acontece nos livros dos profetas, o nome do autor combina perfeitamente com a sua mensagem. Oséias condena os pecados do povo, mas apresenta uma mensagem de esperança e perdão.
Pelos nomes dos reis citados, podemos definir a data do livro de Oséias no oitavo século a.C., na última geração antes da destruição de Samaria e o cativeiro do povo de Israel (o reino do norte).
1:2-3
O casamento de Oséias com Gômer representa a relação de Deus com Israel.
**Obs.: "toma uma mulher de prostituições" provavelmente sugere que ela veio de um ambiente de imoralidade, e teria a tendência de se tornar adúltera. Não faz sentido sugerir que Deus mandou que Oséias se casasse com uma prostituta, por vários motivos: (1) Deus sempre incentiva a pureza no casamento; (2) O caso de Gômer é paralelo ao de Israel, que se tornou adúltera depois de "casar"; (3) O relato comenta sobre filhos que nasceram depois do casamento, mesmo de adultério, mas não fala de nenhum filho nascido antes do casamento dela com Oséias.
1:3-5
Gômer teve o primeiro filho.
**Obs.: "e lhe deu um filho" (1:3) mostra que este primeiro filho era do próprio Oséias.
Deus lhe deu o nome de Jezreel, que significa "Deus espalha" ou "Deus semeia". O nome sugere os planos de Deus para Israel: (1) Espalhar o povo no cativeiro, (2) Semear para ele um povo purificado.
Jezreel foi a cidade onde moraram alguns dos reis de Israel, e onde Jeú acabou com a casa de Acabe. Deus prometeu trazer castigo sobre a casa de Jeú e fazer cessar o reino e o arco (poder militar) de Israel.
**Obs.: Deus usou Jeú para destruir a casa de Acabe e lhe entregou o reino. Mas, Jeú não se dedicou ao Senhor. Ele imitou os pecados de Jeroboão, filho de Nebate (2 Reis 10:31). Jeroboão II, o rei de Israel quando Oséias escreveu, foi o penúltimo rei da linha de Jeú. Depois da morte dele, Zacarias, seu filho, reinou por seis meses e foi assassinado, terminando o domínio da dinastia de Jeú (2 Reis 15:8-10).
**Obs.: O Vale de Jezreel ou Megido foi o lugar de algumas batalhas decisivas (Juízes 4-7; 2 Reis 23:28-30).
1:6-7
Gômer concebeu outra vez e teve uma filha. O nome dela (Lo-Ruama-NVI) é traduzido em algumas Bíblias (RA2) como Desfavorecida. Significa "não amada".
**Obs.: Tudo indica que Oséias não foi o pai desta filha de Gômer. Considere: (1) Em contraste com o primeiro ("e lhe deu" - 1:3), aqui diz simplesmente que "deu à luz" (1:6); (2) O nome dela sugere a rejeição pelo marido de Gômer.
Deus explicou o significado profético do nome Lo-Ruama. Ele não mostraria mais favor (graça, misericórdia) à casa de Israel, mas ainda teria compaixão para com Judá. Este seria salvo, não pela força militar, mas pelo poder de Deus (veja o que aconteceu em Isaías 37:36-38).
1:8-9
O terceiro filho de Gômer, outro menino, recebeu o nome de Lo-Ami (NVI) que quer dizer "Não-Meu-Povo" (RA2).
**Obs.: De novo, tudo indica que Oséias não foi o pai desta criança.
O nome simbolizava a rejeição de Israel por Deus.
1:10 - 2:1
A rejeição do povo seria temporária. Observe nestes versículos:
(1) Embora Deus fizesse "cessar o reino da casa de Israel" (1:4), ele não destruiria todas as pessoas (1:10). Ele não tinha esquecido da promessa de abençoar todas as famílias da terra por meio do descendente de Abraão (Gênesis 12:3).
(2) Deus mudaria a sorte do povo: De "Não-Meu-Povo" para "Filhos do Deus Vivo"; De Desfavorecida para Favor.
(3) Israel e Judá se uniriam sob uma só cabeça.
**Obs.: 1 Pedro 2:10 cita esta mudança de nomes para mostrar as bênçãos espirituais recebidas pelo povo espiritual da Nova Aliança. Os cristãos são os filhos do Deus Vivo, favorecidos por ele. Jesus é o único cabeça deste povo (Efésios 1:22-23).

**Obs.: Neste trecho, Deus está falando sobre Israel como sua mulher adúltera (veja 2:16).
2:2-8
Deus tem motivo inegável para repudiar Israel: As prostituições e adultérios dela.
Ele, porém, gostaria de poupá-la. Para fazer isso, teria que ver o arrependimento dela.
**Obs.: Embora o livro de Oséias não seja um livro de regras de como lidar com o adultério, podemos observar algumas coisas importantes que ajudam em saber como tratar adúlteros. Aqui já observamos o primeiro ponto: o perdão (por parte do marido) do adultério da mulher dependia do seu arrependimento. Deus sempre está disposto a perdoar, mas a falta de arrependimento do pecador impede a comunhão (veja Isaías 59:1-2).
Se Israel não se arrepender, Deus a deixaria sofrer as conseqüências do pecado. Ela se tornaria em terra seca e os filhos sofreriam.
Quando Israel foi atrás de amantes (ídolos), ela achou que eles fossem a fonte das suas necessidades.
**Obs.: O Diabo e seus servos (sejam religiões falsas, tentações carnais, etc.) oferecem coisas atraentes para nos enganar. Muitas pessoas acham que os benefícios do erro justificam os riscos. Pode haver alguns benefícios-prazeres, lucros, amizades, etc.- mas o preço final é sempre mais alto do que o valor dos benefícios. "Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?" (Jeremias 5:31).
Deus, como marido, impediu o acesso de Israel aos seus amantes, dando-lhe motivo para voltar e buscar o marido.
**Obs.: Felizes são os pecadores que enxergam a realidade e deixam o pecado para voltar ao Senhor!
De fato, não foram os amantes e sim o próprio Senhor que sustentava Israel. Ela tomou as coisas que Deus lhe deu e as usou para servir Baal (um falso deus).
**Obs.: Ezequiel 16 apresenta uma versão mais ampla desta mesma história, só que a esposa em Ezequiel é Judá e não Samaria.
2:9-13
Quando Israel insistiu em praticar a prostituição espiritual, Deus decidiu castigá-la. O castigo incluiu vários aspectos:
-Ele retinha as necessidades que sempre lhe havia dado (9).
-Ele deixou Israel exposta diante dos amantes, onde os outros perceberam a pobreza e nudez dela (10).
-Ele tirou o gozo que ainda restava na vida dela (11). As coisas citadas neste versículo se referem ao gozo da comunhão com Deus (Festas, sábados e solenidades). Deus lhe negou a comunhão devido à infidelidade do povo.
-Ele destruiu as coisas que ela recebeu, supostamente, dos amantes (12).
-Ele deixou o povo sofrer durante um determinado tempo, conforme o tempo em que andava na idolatria (13).
**Obs.: As conseqüências do pecado são, freqüentemente, os resultados naturais do próprio erro. Deus simplesmente parou de proteger e cuidar do povo, e Israel sofreu nas mãos dos próprios amantes. O mundo ensina algumas lições duras quando uma pessoa se entrega ao pecado (veja a parábola do filho pródigo, Lucas 15:11-32).
**Obs.: Mais uma aplicação em relação aos adúlteros. A vítima (a pessoa ofendida pela traição do companheiro) não deve proteger o pecador, ainda não arrependido, das conseqüências do crime cometido. Deus amava a Israel, mas ele a deixou sofrer para chegar ao remorso necessário para a reconciliação. A pessoa que comete adultério normalmente se encontra depois desamparada e pode até passar por privações. Tais conseqüências do erro podem ser exatamente o que precisa para refletir e chegar ao arrependimento.
2:14-23
Depois do período de sofrimento, Israel é atraída de novo pelo próprio marido. A figura aqui é de um namoro e reconciliação.
Deus atraiu a sua mulher infiel e a levou para o deserto para falar ao coração. Deus age para possibilitar a volta dela, mas somente num lugar longe dos amantes.
Ele a trata bem, como nos dias do namoro com a jovem.
**Obs.: O vale de Acor se torna em porta de esperança (15). Acor quer dizer desastre ou desgraça. Foi o lugar onde Acã morreu depois do seu pecado na conquista de Canaã (Josué 7:24-26). Por meio da desgraça do cativeiro na Assíria (veja 11:5), o povo encontraria a esperança da nova vida. Os momentos difíceis em nossas vidas, até as correções que Deus nos dá como filhos, servem como portas de esperança (veja Hebreus 12:4-13).
Ela chamaria Deus de "meu marido", não de "meu Baal" ou "meu senhor" (16-17).
**Obs.: A palavra "baal" significa "senhor" ou "mestre". Chamando Deus por este nome, no contexto da idolatria do povo, estaria deixando-o no mesmo nível com estes falsos deuses. O ponto não é de falta de respeito, pois ele é realmente o único Senhor. É questão de restabelecer a intimidade de marido e mulher, nem falando mais dos amantes.
**Obs.: Mais uma lição que ajuda na reconciliação depois do adultério. A adúltera deve cortar todo contato com o seu amante. Para mostrar o arrependimento, o próprio marido deve ser o único homem na vida dela.
Deus daria de volta a terra perdida, e deixaria o povo habitar em segurança (18).
Ele faria uma aliança de casamento para sempre com a sua mulher arrependida (19-20).
**Obs.: O amor de Deus. Depois de tudo que Israel fez, repetidas vezes traindo o marido bondoso que tanto a amava, ele se dispôs a tomá-la de volta e entrar numa nova aliança de casamento. Que amor!
Ele seria um Deus bondoso, e ela um povo fiel e abençoado (21-23).

Este pequeno capítulo completa a figura da vida familiar de Oséias.
Deus mandou que Oséias tomasse de volta a sua esposa adúltera (1).
**Obs.: Mesmo depois do pecado de adultério, perdão e reconciliação são possíveis!
Oséias obedeceu, comprando de volta a sua mulher (2).
**Obs.: É calculado que o valor pago aqui equivale o valor de uma escrava (veja Êxodo 21:32).
Oséias e Gômer não voltaram imediatamente a ter relações conjugais. Ele esperou para ver se ela realmente ficaria longe dos amantes (3).
**Obs.: Leva tempo reconstruir a confiança no casamento depois da traição. É razoável a pessoa traída pedir algum tempo antes de voltar às relações normais.
Na aplicação à nação, Deus deixaria o povo muito tempo sem liderança e sem as coisas necessárias para adorá-lo corretamente. Ao mesmo tempo, ficariam sem os ídolos (4).
No final, Israel seria completamente reconciliada com Deus e com Davi, seu rei (5).
**Obs.: Este versículo se refere à restauração espiritual do povo na Nova Aliança. Davi simboliza Jesus. Os últimos dias se referem à época do Novo Testamento. Por meio de Jesus, Israel espiritual se aproxima do Senhor (Gálatas 3:26-29), depois de um período em que o povo estava em casa mas não em plena comunhão com Deus. Assim o profeta indica um tempo entre a volta do cativeiro e a vinda de Davi (Jesus) para fazer paz entre o povo e Deus.

No capítulo 4, a mensagem deixa a família de Oséias (embora continue como pano de fundo da mensagem do resto do livro), e Deus volta a falar sobre sua relação com o povo de Israel.
4:1-3
A contenda de Deus com o povo de Israel. Deus levanta acusações contra Israel.
Falta: verdade, amor e conhecimento de Deus (1).
Prevalecem: perjúrios, mentiras, matanças, furtos, adultérios, arrombamentos e homicídios (2).
**Obs.: A contenda de Deus com o povo destaca o fato que há aspectos negativos e positivos na obediência. Ser servo de Deus não é somente abster-se da prática do mal; é cultivar a prática do bem. É fácil definir o cristão pelas coisas que não faz (talvez uma lista parecida com a do versículo 2 aqui), mas devemos ser pessoas habilitadas "para toda boa obra" (veja 2 Timóteo 3:16-17; Tiago 4:17).
A conseqüência dos erros de Israel: a terra e tudo que nela está sofre (3).
4:4-10
Deus contendeu com o povo porque outros não o fizeram. Seria o papel de sacerdotes, profetas e reis repreender e corrigir o povo, condenando a sua maldade. Mas, ao invés de condenar, eles participavam dos mesmos erros, até conduzindo o povo à iniquidade.
A acusação fundamental do livro de Oséias se encontra no versículo 6: "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento".
**Obs.: Deus claramente culpou os sacerdotes por não ter guiado o povo no caminho dele. Hoje, muitos líderes religiosos não mostram um compromisso sério e absoluto com a palavra de Deus. Torcem a mensagem e aceitam práticas, tradições e doutrinas erradas para manter suas posições nas denominações. Tais pessoas receberão a condenação de Deus. Por outro lado, muitos adeptos das mesmas igrejas se contentam em ser "boas ovelhas", seguindo a liderança de outros sem questionar. Apaziguam a consciência com a idéia que os pastores são os responsáveis; não cabe aos seguidores decidir o que fazer. Que engano perigoso! Neste texto, os líderes erraram, mas o povo estava sendo destruído! Jesus disse: "Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco" (Mateus 15:14).
Pessoas abençoadas pecam (7-10). Os sacerdotes foram abençoados por Deus com honra e muitos filhos, mas pecaram cada vez mais contra o Senhor. Como conseqüência de seus pecados, seriam castigados com o povo.
O erro atrás de todos os pecados destes sacerdotes: "ao Senhor deixaram de adorar" (10). Quando se entregaram à satisfação dos desejos carnais, deixaram de servir ao Senhor.
4:11-14
"A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento" (11). Mosto, aqui, provavelmente se refere ao suco de uva que já tinha começado o processo de fermentação, assim tendo condições de prejudicar o raciocínio.
A sensualidade e bebidas alcoólicas, por si só, já têm efeitos negativos nos pensamentos da pessoa. Pior ainda, são coisas ligadas à idolatria, induzindo a pessoa a abandonar o verdadeiro Deus (12). A descrença é uma forma de loucura ou insensatez (Salmos 14:1; 53:1; 10:4).
Deus comparou a idolatria à prostituição. É adultério espiritual (13).
Deus não castigaria as mulheres que praticavam esses pecados, pois os próprios pais e maridos participavam dos mesmos (14).
4:15-19
Neste parágrafo, o profeta deixa de falar com o povo de Israel e se dirige ao povo de Judá, o reino do sul, que continuava ainda mais fiel ao Senhor.
A advertência ao povo de Judá: Não se envolva nos pecados de Israel (15).
A lição dos erros dos outros: Israel perdeu o favor e a proteção do Senhor por causa do pecado (16).
A instrução: Deixe Israel com seus ídolos; fique longe dele (17).
O exagero do pecado de Israel: Até os príncipes se entregaram à loucura do pecado (18; veja Provérbios 16:12).
O resultado: Os pecados do povo, dos líderes religiosos e dos príncipes trariam o vento da ira de Deus sobre a nação (19; veja Isaías 29:6; 57:13; Jeremias 23:19; 30:23).
**Obs.: Efraim, a tribo donde veio Jeroboão I, representa o povo de Israel, o reino do norte (17).

Este capítulo continua o tema do capítulo 4, mas enfatiza mais o castigo que viria como resultado do pecado do povo e de seus líderes.
5:1-4
Deus reprova os sacerdotes, o povo, e os nobres. Estes tinham apanhado suas vítimas como se fosse numa rede ou laço usado para pegar pássaros (1).
Os crimes foram excessivos, e o castigo seria adequado aos crimes (2).
Efraim/Israel se contaminou com pecado, e não se escondeu de Deus (3).
O proceder do povo impediu seu arrependimento por dois motivos (4):
(1) O espírito de prostituição os dominava, dificultando qualquer tentativa de voltar. A pessoa que se entrega ao pecado enfrenta uma barreira dentro de si para voltar ao Senhor. Vicia-se no pecado, enganando-se com a idéia que pode facilmente sair a qualquer hora. O próprio pecado e o prazer dele prendem o pecador.
(2) Falta de conhecimento de Deus. O pecador, freqüentemente, se sente incapaz de se livrar do erro e não entende como Deus pode ajudar. Ele dá o apóio necessário para levantar o pecador de sua injustiça, e oferece o perdão necessário para limpar a consciência pesada. Mas, a pessoa dominada pelo pecado não cogita das coisas de Deus, e assim não enxerga a saída que ele oferece.
5:5-7
Como conseqüência do pecado, Israel (Efraim) cairia. Judá, também, seria castigado (5).
**Obs.: A soberba de Israel. Alguns comentaristas identificam a soberba de Israel com a glória de Jacó (Amós 8:7): Jeová. Outros acreditam que a arrogância e orgulho do povo seja a soberba aqui citada.
O povo buscaria o Senhor em vão, porque ele já se retirou deles (6). Compare com Ezequiel 8-10.
Como Gômer tinha concebido filhos de outros homens, Israel teve filhos que não eram do Senhor (7).
**Obs.: A Lua Nova se refere, provavelmente, a uma festa idólatra. Ao invés de trazer bênçãos, proteção e segurança para o povo, a sua idolatria traria castigo.
5:8-14
Deus castigaria tanto a Israel como a Judá. Este trecho trata os dois países de maneira igual, mostrando que a ira de Deus não seria dirigida apenas ao reino do Norte.
Gibeá e Ramá ficam perto da fronteira entre Israel e Judá. Bete-Áven (Casa de vaidade) é uma alteração de Betel (casa de Deus). Tocar as trombetas de alarme nestes lugares sugere, provavelmente, que os assírios já tinham passado pelo meio de Israel e estavam chegando perto de Judá. É uma profecia de como o castigo contra Israel seria, também, uma ameaça contra Judá.
Deus acusou os príncipes de Judá de mudar os marcos; por isso, seriam castigados (10).
**Obs: O pecado de Judá sugere uma aplicação espiritual nos dias de hoje. É Deus quem colocou os marcos definindo a separação entre o certo e o errado. Ele definiu limites. Homens não têm direito de mudar os marcos de Deus (veja 1 Coríntios 4:6; Colossenses 3:17 e 2 João 9).
Não teria livramento do castigo de Deus (11-14). Israel tentou fazer acordo com a Assíria, mas não adiantou. Ninguém é capaz de resistir a sentença de Deus.

5:15 - 6:6
**Obs.: O sentido mais provável deste texto liga 5:15 com os primeiros versículos do capítulo 6 com a palavra "dizendo" (acrescentada pelos tradutores para completar a frase).
Deus aguarda o arrependimento do povo.
O povo não demora em buscá-lo, mas não mostra uma mudança de coração profunda. Ao invés de pensar principalmente em como feriram o Senhor com seus pecados abomináveis, eles querem uma saída do seu sofrimento.
**Obs.: Livramento do sofrimento é um motivo válido para empurrar o pecador ao arrependimento. Deus usa o sofrimento para disciplinar e castigar, e convida o pecador a voltar para ele para se livrar dessas conseqüências (considere o exemplo do filho pródigo, Lucas 15:11-32). Mas, o remorso precisa levar o ofensor ao reconhecimento do pecado como afronta pessoal contra Deus (veja 2 Coríntios 7:9-10).
O povo de Israel e de Judá voltaria ao Senhor para receber benefícios imediatos. A atitude deles é descrita em 6:1-3: Deus nos castigou e nos curará. Voltando para ele hoje, ele já restaurará as bênçãos em dois ou três dias.
Deus reconheceu a insinceridade desse "arrependimento" e comparou o amor do povo com a nuvem da manhã ou o orvalho da madrugada. Dura pouco tempo. É por essa razão que ele enviou profetas e castigos.
Deus queria misericórdia e conhecimento, não sacrifícios e holocaustos.
**Obs.: Sacrifícios e holocaustos serviam para aplacar a ira de Deus quando o povo pecava. Mas, a misericórdia não é pecado, e o conhecimento serve para evitar a iniqüidade e suas conseqüências (veja 4:6; 1 Samuel 15:22). Podemos entender esta atitude de Deus fazendo uma simples comparação com pais e filhos. Quando um filho desobedece e volta aos pais para pedir desculpas, os pais perdoam. Mas, todos os pais preferem que os filhos obedeçam para não ter a necessidade de pedir perdão.
6:7-11
Eles pecam como Adão, e sofrerão conseqüências como Adão. Este foi expulso da presença de Deus quando pecou.
Gileade (região ao leste do rio Jordão) é condenada por injustiça.
Os sacerdotes são condenados por sua crueldade como se fossem assaltantes.
**Obs.: Siquém, antigamente, era lugar de louvor ao Senhor (veja Gênesis 33:18-20). Foi no mesmo lugar que Josué renovou a aliança do povo com Deus (Josué 24:1,25). Aqui, os sacerdotes vão para um lugar que deve representar a glória de Deus e o compromisso com ele, mas agem com criminosos no caminho. É abominação ao Senhor.
Israel e Judá foram contaminados com a prostituição.
**Obs.: Qual a nossa atitude sobre louvor ao Senhor? Podemos, facilmente, imitar os erros dos israelitas. Quando desrespeitamos o Senhor no dia-a-dia, que sentido tem participar superficialmente em alguns atos de louvor? Deus quer obediência, e não só louvor exterior.

**Obs.: Nos capítulos 7 e 8, Oséias prega contra os líderes corruptos de Israel.
7:1-7
Deus estava disposto a curar o povo de Israel, mas a corrupção do povo, e especialmente dos líderes, impediu a salvação (1; veja Isaías 59:1-2).
Mesmo se o povo se enganasse, imaginando que Deus não perceberia a sua maldade, nenhuma das iniqüidades do povo foi encoberta (2).
Os líderes políticos apoiaram e se alegraram com os pecados do povo (3).
Nesse clima de anarquia, nem os próprios líderes que participaram dos pecados do povo ficaram isentos da violência. O povo consumia os juízes e os reis caíam (4-7).
**Obs.: Quatro dos últimos seis reis de Israel foram assassinados (veja 2 Reis 15).
7:8-16
Israel não percebia seu estado espiritual péssimo. Misturava-se com os povos (gentios, pagãos) e não percebia que era "um pão que não foi virado". Ele estava se envelhecendo, com a cabeça cheia de cabelos brancos, e não sabia que seu fim se aproximava (8-9).
**Obs.: Um pão (ou bolo) assado sobre o fogo e não virado não serve para nada. Queima-se num lado enquanto o outro lado nem assa completamente.
A soberba de Israel o acusava (veja 5:5), mas o povo não voltava para Deus (10).
Efraim agia como uma pomba desnorteada, vacilando entre o Egito e a Assíria, sem reconhecer que o único salvador é o próprio Deus. Por esse motivo, ele se tornou vingador e não salvador (11-13).
Ao invés de se arrepender de coração, o povo só reclamava pelos bens materiais perdidos, e continuou na rebeldia contra Deus (14-15).
A volta do povo foi insincera e incompleta; o resultado seria o castigo, até dos príncipes. O Egito, ao invés de ajudar o povo de Israel, zombaria deles no dia do castigo (16).

8:1-6
A trombeta soa o alarme! O castigo divino vem sobre o povo por causa da sua rebeldia (1; veja Ezequiel 33:1-3).
No mesmo espírito de arrependimento insincero (veja 5:15 - 6:4), o povo apela a Deus como um amigo esperando a proteção (2).
Mas Deus não seria enganado. Israel merecia o castigo (3-6). Entre os pecados deles:
(1) Rejeitar o bem
(2) Estabelecer seus próprios reis e príncipes, não os de Deus
(3) Fazer ídolos
(4) Mostrar-se incapazes da inocência/pureza
**O bezerro de Samaria refere-se ao bezerro de ouro erigido por Jeroboão I, o símbolo da idolatria do reino do Norte (veja 1 Reis 12:25-33). Nenhum ídolo, sendo meramente obra de artífice, pode se comparar a Deus (6; veja Isaías 44:1-20).
**Obs.: Incapazes da inocência (5). Este povo, depois de séculos de rebeldia, ficou cauterizado e endurecido no pecado. Perderam a inocência da juventude e se mostraram resistentes à verdade. É extremamente difícil desenvolver de novo a pureza que deve caracterizar o servo do Senhor. Ezequiel desafiou o povo com a mesma idéia, dizendo que precisavam criar dentro de si um coração novo (Ezequiel 18:31). Tal transformação é possível somente pelo poder de Deus (Ezequiel 36:26; Salmo 51:10).
8:7-14
"Semeiam ventos e segarão tormentas" (7). É bem estabelecido e conhecido o princípio de Deus que o homem ceifará o que semeia (Gálatas 6:7). Aqui, Deus mostra que o pecado do povo traria uma conseqüência maior do que imaginavam.
Israel "está entre as nações como coisa de que ninguém se agrada" (8-9). Deus usa, de novo, a figura de uma esposa adúltera (compare com 2:2-13; Ezequiel 16). Ela se torna tão feia e mal-tratada, devido aos anos de prostituição, que ninguém mais a quer. Até paga os amantes ("mercou amores").
**Obs.: Os amantes de Israel foram os falsos deuses e as nações com as quais tentaram fazer alianças para proteção. Como mulher adúltera, ela pagaria tributo, mas ninguém conseguiria protegê-la (8-10).
Efraim pecou contra Deus, multiplicando altares (11).
**Obs.: No Velho Testamento, Deus autorizou um lugar para manter o altar dele e fazer sacrifícios (Deuteronômio 12:1-14). Eles multiplicaram altares, voltando à idolatria que os antigos habitantes da terra praticavam. Se Deus expulsou aquelas nações por tal prática, claramente expulsaria Israel da terra.
A atitude do povo em relação aos mandamentos de Deus (12-14):
(1) Não deram a mínima importância às leis de Deus.
(2) Fizeram sacrifícios, não para agradar a Deus, mas porque gostavam da carne.
(3) Esqueceram de Deus e confiaram nas obras do homem.
A atitude de Deus em relação ao povo pecaminoso (13-14).
(1) Não aceita os sacrifícios egoístas deles.
(2) Lembra-se das iniqüidades deles.
(3) Castiga o pecado.
(4) Manda o povo para o Egito (representando o cativeiro na Assíria - veja 11:5).
(5) Envia fogo contra as cidades e palácios de Israel.
**Obs. Adoração egoísta? Parece impossível? O povo de Israel fazia sacrifícios porque eles gostavam da carne, não para agradar a Deus. Quantas pessoas hoje "adoram" a Deus porque elas gostam da música e de outros aspectos do "louvor"? Será que a nossa adoração pode tornar-se egoísta?

Oséias 9

9:1-9
Parece que o povo sentiu alguma segurança, até motivo de alegria, mas Deus avisou que a prosperidade não continuaria (1-3).
**Obs. Houve ocasiões em que o povo gozou de paz, mas este fato não tirou a ameaça de castigo que Deus preparou (veja, por exemplo, 2 Reis 15:19-20).
Deus rejeitaria os sacrifícios e ofertas deles (4-5). Perderam a comunhão com ele.
**Obs.: O pão de pranteadores (4) não podia entrar no santuário de Deus por ser imundo por causa da morte.
O povo foge da destruição, mas enfrenta sofrimento e morte no seu refúgio (6).
Israel chegou ao limite da iniqüidade e seria castigado, mas trataram o profeta como louco e rejeitaram as suas advertências (7).
Eles se colocaram em oposição contra Deus, chegando a se corromperem como nos dias das atrocidades de Gibeá. Deus traria o castigo merecido pelo povo rebelde (8-9).
**Obs.: Gibeá foi a cidade de Benjamim onde a concubina do levita foi abusada e morta, e onde Deus julgou tanto a nação como a tribo. Este caso representa o pior da anarquia do período dos juízes (Juízes 19-21).
9:10-17
Israel começou bem. Como uvas no deserto ou as primícias da figueira, foram motivo de alegria para Deus. Mas eles se corromperam com a idolatria (10).
A fertilidade do povo se tornaria em esterilidade. O sofrimento veio porque o povo se apartou de Deus (11-17).
**Obs. A palavra Efraim significa "fruto dobrado". Devido ao pecado, Efraim teria esterilidade dobrada.
**Obs.: Gilgal era lugar de eventos importantes e bênçãos de Deus sobre o povo:
(1) Josué erigiu a coluna de doze pedras quando o povo entrou na terra prometida (Josué 4:20-24; veja Miquéias 6:5).
(2) Deus tirou o "opróbrio do Egito" na circuncisão dos homens que entraram na terra (Josué 5:7-9).
(3) Celebraram a primeira Páscoa na terra prometida (Josué 5:10).
(4) Comeram, pela primeira vez, do fruto da terra (Josué 5:11-12).
(5) O Senhor apareceu a Josué e prometeu a vitória sobre Jericó (Josué 5:13 - 6:5).
(6) O reino foi renovado e Saul proclamado rei (1 Samuel 11:14-15).
(7) O povo recebeu Davi quando ele voltou a reinar em Jerusalém (2 Samuel 19:15).
(8) Elias partiu de Gilgal na sua jornada final para os céus (2 Reis 2:1).
Infelizmente, o mesmo lugar passou a ser identificado com pecado e rebelião:
(1) Saul fez o sacrifício não-autorizado em Gilgal (1 Samuel 13:8-14).
(2) Deus rejeitou os sacrifícios do povo rebelde (Amós 4:4; 5:5).
(3) Deus chegou a aborrecer o povo em Gilgal, devido às maldades dos rebeldes (Oséias 9:15).
Deus rejeitou o povo, porque não o ouviram. Agora ficariam um bom tempo sem a possibilidade de ouvir a voz dele. Andaram errantes dentro da terra de Israel, agora andariam errantes entre as nações, ou seja, no cativeiro (17).

Oséias 10

10:1-4
A prosperidade de Israel deveria ter incentivado o povo a se aproximar mais de Deus em gratidão. Mas eles fizeram o oposto. Quanto mais foram abençoados por Deus, quanto mais correram atrás dos ídolos (1).
**Obs.: Uma das ironias que observamos na História é esta tendência de pessoas prósperas não confiarem em Deus. Ele abençoa, mas a pessoa usa a prosperidade para seus próprios prazeres e não glorifica a fonte de todas as boas dádivas (Mateus 19:23-24).
Deus quebraria os ídolos do povo insincero (2).
O povo desobediente ficaria desamparado, passando por um período sem rei (3-4; veja 3:4-5).
10:5-8
O povo lamentaria a perda do seu ídolo bem conhecido: o bezerro de Bete-Áven (Casa de vaidade, o nome usado para se referir a Betel, que significa Casa de Deus).
O bezerro seria levado à Assíria (6). Que impotência! Um "deus" levado ao cativeiro. Enquanto o Deus verdadeiro vem sobre o povo para castigar a desobediência, o falso deus deles é levado por meros homens.
**Obs.: O Deus verdadeiro, também, foi levado pelos inimigos. Considere dois exemplos: (1) A arca da aliança, que representava a presença de Deus entre o povo, foi tomada pelos filisteus. Eles não agüentaram as pragas resultantes, e enviaram a arca de volta para Israel (1 Samuel5:1 - 7:1). (2) Jesus foi levado como cordeiro ao matadouro (Isaías 53:7), mas ele voluntariamente entregou a sua vida (João 10:17-18) e a tomou de volta (Lucas 24:6).
Não somente o ídolo, mas também o rei de Israel seria totalmente impotente e incapaz de proteger o povo (7).
Os outros ídolos e altares nos altos da vaidade seriam igualmente incapazes de ajudar os israelitas (8). O povo procuraria qualquer saída, até a morte súbita, para evitar o sofrimento do ataque dos inimigos (compare Lucas 23:30; Apocalipse 6:16).
10:9-15
De novo, Deus compara o pecado do povo com a perversidade que trouxe castigo sobre Gibeá (9; veja 9:9 e os comentários sobre esta cidade). A maldade do povo encontraria um castigo semelhante, ou até mais severo (lembre-se de que Gibeá e a tribo de Benjamim foram quase exterminadas).
Deus mesmo traria o castigo pela dupla transgressão de Israel (10).
**Obs.: A dupla transgressão? Há várias interpretações desta expressão, e o versículo não dá uma resposta definitiva. Porém, o contexto sugere o provável sentido. Os versículos anteriores falaram sobre a confiança do povo nos falsos e impotentes deuses e nos impotentes reis escolhidos pelo povo e não por Deus (8:4-5).
O povo não aproveitou as bênçãos do cuidado divino na sua juventude (bezerra) e agora sofre o trabalho duro sob o domínio de um opressor (11-12).
O povo ceifaria o que semeou (12-13; veja 8:7; Gálatas 6:7). Confiaram no poder humano, e seriam castigados pelo poder divino.
A angústia do castigo seria terrível (14). Ele o compara ao sofrimento de Bete-Arbel nas mãos de Salmã, quando as mulheres grávidas foram despedaçadas.
O castigo de Israel vem de Betel (casa de Deus). O rei seria destruído (15).
**Obs.: Por causa do pecado de Bete-Áven, vem a ira de Betel (10:5,15).

11:1-4
Deus amou Israel como um filho, chamando-o da escravidão no Egito (1; veja Êxodo 4:22-23; 13:16).
**Obs.: O Egito representa escravidão, cativeiro e até pecado. Israel saiu da escravidão, mas já estava voltando, ou seja, por causa do pecado iria ao cativeiro. No Novo Testamento, o Egito também representa o pecado, e o êxodo simboliza a salvação no batismo (1 Coríntios 10:1-2).
Quanto mais Deus chamava Israel para ser um povo santo, tanto mais eles se afastavam dele, até praticando idolatria (2).
Deus criou e cuidou de Israel, mas o povo não deu importância ao amor demonstrado pelo Senhor (3-4).
11:5-7
Israel iria ao cativeiro na Assíria (5).
**Obs.: Aqui confirmamos que as referências ao Egito (8:13; 9:6; 11:1) representam a idéia de cativeiro, e nem sempre o país em si. Este versículo deixa bem claro que o cativeiro não seria no Egito e, sim, na Assíria.
A espada de castigo cairia sobre Israel por causa dos constantes desvios do povo (6-7).
Mesmo quando o povo foi estimulado a olhar para cima, ele não o fez (7).
**Obs.: Talvez a maior batalha na vida do servo de Deus acontece na própria mente. É tão fácil se envolver tanto nas coisas deste mundo - sejam coisas pecaminosas ou simplesmente os cuidados do dia-a-dia - que esquecemos das coisas de Deus. Deus enviou correções e profecias para que o povo olhasse para cima, mas não o fez. Considere as seguintes passagens que sugerem boas aplicações em nossas vidas: Mateus 6:19-34; Marcos 10:17-34; Lucas 8:14; 9:57-62; Filipenses 4:6-9; Colossenses 3:1-2).
11:8-9
O povo não olhou para cima, mas Deus olhou para baixo! Ele contemplava o povo rebelde com compaixão e amor. Não se decidiu a destruir Israel totalmente. A ira foi amenizada pelo amor, a compaixão e a misericórdia do Senhor. Ele viria, mas como o Santo Deus, superior aos homens e acima da odiosa vingança deles.
**Obs.: Admá e Zeboim foram cidades vizinhas de Sodoma e Gomorra, entre as cidades totalmente destruídas em Gênesis 19 (veja Gênesis 10:19). Uma das maldições que viriam sobre Israel, se fosse rebelde, era a destruição igual à destas cidades (Deuteronômio 29:23). Em Oséias, Deus diz que a compaixão dele mitigaria a sua ira, para não chegar a tal exterminação merecida pelo povo pecaminoso.
**O Santo no meio do povo não voltaria em ira. A santidade e justiça de Deus trariam a destruição imediata ao povo impuro (Êxodo 33:3). Ele poderia entrar no meio do povo somente em duas circunstâncias: (1) O povo teria que ser purificado dos seus pecados (veja Isaías 6:5-7), ou (2) Ele teria que conter sua ira e vir em compaixão e graça para salvar. É exatamente isso que aconteceu quando Jesus habitou entre os homens, buscando e salvando os perdidos (João 1:14).
11:10-11
Eles (o remanescente arrependido) andariam após o Senhor. Ele bramaria como leão para chamar os seus do cativeiro. Viriam tremendo (não na arrogante teimosia de antes, mas com a humildade que agrada ao Senhor).
Deus faria o povo habitar em suas próprias casas, abençoando-os como antes.

11:12
Deus está pronto para castigar Efraim por suas mentiras, mas ele não esqueceu de Judá.
**Obs.: Há dúvida sobre o sentido da segunda parte deste versículo, e a dificuldade se reflete nas diferenças entre traduções. A ARA2 diz: "...mas Judá ainda domina com Deus e é fiel com o Santo". A NVI diz: "...e Judá é rebelde contra Deus, a saber, contra o Santo fiel". Neste caso, a tradução da NVI parece mais coerente, pois os versículos seguintes apresentam a contenda de Deus com Judá.
12:1-2
Efraim, por sua rebeldia, pediu o castigo (1).
**Obs.: O vento leste naquela região trouxe o quase insuportável calor do deserto. Aqui ele representa a punição que viria sobre Israel (veja 13:15).
Deus tinha contenda com Judá (veja 4:1) e traria castigo segundo as obras más do reino do sul (2).
**Obs.: Jacó, o nome original de Israel, representa aqui o povo que descendeu dele, dividido na época de Oséias em dois reinos: Israel e Judá. Jacó era irmão de Esaú e pai dos 12 filhos que se tornaram pais das tribos de Israel.
12:3-10
Jacó, o homem, contendeu com os outros durante a vida toda (3-4). Antes de nascer, lutou com o irmão, Esaú (Gênesis 25:26). Jacó continuou tentando ganhar vantagem sobre os outros por meio de engano, até lutando com o próprio Deus (veja Gênesis 32:24-30).
Afinal, Jacó encontrou Deus em Betel, o mesmo lugar onde o povo abandonou o Senhor com a idolatria de Jeroboão I (4).
Deus pediu que o povo voltasse para ele (5-6).
**Obs.: Observe alguns aspectos da verdadeira conversão: (1) O objeto é o Senhor. (2) A conversão envolve o amor, o juízo (obediência à vontade de Deus) e a esperança nele.
Efraim usou uma balança enganosa e amou a opressão, ou seja, praticou a desonestidade e abusou outros nos seus negócios. (7). Mesmo assim, o povo negou a sua culpa, achando que se enriqueceu pela própria esperteza (8).
**Obs.: Literalmente, o versículo 7 sugere que Efraim (Israel) se tornou um Canaã, um comerciante desonesto.
O mesmo Deus que tirou o povo do Egito o faria habitar em tendas de novo (9).
**Obs.: O período no deserto, representado aqui por tendas, seria um tempo de purificação para depois se reconciliar com Deus (compare com 2:14).
**Obs.: A Festa dos Tabernáculos foi comemorada no sétima mês de cada ano para lembrar da salvação que Deus realizou tirando o povo do Egito (veja Levítico 23:33-44).
Por meio de profetas, visões e símiles (parábolas), Deus avisou o povo da necessidade do arrependimento e das conseqüências do pecado (10).
12:11-14
Gileade (11) representa a iniqüidade (veja 6:8) e Gilgal representa o lugar onde Deus rejeitou o povo (veja 9:14)
Jacó, o homem, fugiu para a terra da Síria e praticamente se tornou escravo para ganhar a sua mulher (12), mas Deus trouxe Israel, o povo, da escravidão no Egito e lhe deu a terra prometida (13).
**Obs.: Observe os contrastes aqui. Jacó fugiu da terra; Israel foi conduzido à terra. Jacó entrou na escravidão; Israel saiu da escravidão. Jacó cuidou do gado do outro; Israel foi guardado pelo profeta de Deus (Moisés).
Ao invés de servir a Deus com gratidão, o povo provocou o Senhor à ira. O povo teria que pagar pelo sangue derramado na terra (14).
**Obs.: Sangue derramado exige castigo (Gênesis 4:10; Êxodo 21:12; Isaías 26:21; Romanos 12:19; 13:4; Apocalipse 6:10; 19:2).

Oséias 13

13:1-4
Antigamente, Efraim foi respeitado e exaltado em Israel, mas morreu por causa da idolatria (1).
**Obs.: Efraim foi escolhido acima do seu irmão mais velho, Manassés (Gênesis 48:11-22). Jeroboão I, o homem escolhido por Deus para governar Israel depois da morte de Salomão, foi efraimita (1 Reis 11:26). Foi ele mesmo que conduziu o povo à idolatria (1 Reis 12:25-33), causando a queda de sua própria família (1 Reis 15:25-30) e, dois séculos mais tarde, da nação de Israel (2 Reis 17:21-23).
Mais uma vez, Deus frisa a loucura da idolatria (2). Homens fabricam imagens e as adoram! Até beijam bezerros! Veja Isaías 44:9-20.
Por causa da idolatria de Israel, eles passariam logo (3). Deus usa, neste versículo, quatro ilustrações para mostrar que a nação chegaria ao seu fim em pouco tempo.
**Obs.: Israel tinha pouco tempo mas não percebeu a iminência do julgamento (veja 7:9). Nós, também, temos pouco tempo e devemos nos preparar para o julgamento (Tiago 4:14; Hebreus 9:27).
Em contraste com os ídolos impotentes, o Senhor afirma a sua posição como o único e onipotente Deus (4). No passado: ele salvou o povo do Egito. No presente: não há outro Deus que mereça a adoração do povo. No futuro: ele é o único salvador.
**Obs.: No "pluralismo" religioso que influencia cada vez mais os pensamentos de pessoas na sociedade atual, somos constantemente pressionados a aceitar a coexistência de diversas idéias sobre Deus, sugerindo que todas as religiões são válidas. O servo de Deus precisa enfrentar tais noções com amor e convicção. Amando Deus acima de todos (Mateus 22:37-38), jamais abandonaremos a convicção que o Deus da Bíblia é o único verdadeiro Senhor. A nossa guerra não é carnal, e não usaremos armas e táticas carnais. Confiaremos na palavra de Deus para anular as falsas doutrinas e filosofias daqueles que não exaltam o único Deus (veja 2 Coríntios 10:3-6). Amando ao próximo (Mateus 22:39), vamos apresentar a palavra de Deus para extrair outros da confusão de falsas religiões, jamais aceitando as crenças em deuses e filosofias que contradizem as Escrituras. Devemos lembrar que falsas religiões são abominações diante de Deus, e que cabe a nós mostrar a falsidade desses sistemas errados. Fé no Deus da Bíblia exclui aceitação de qualquer outro sistema religioso (Atos 4:12).
13:5-11
Deus conheceu a Israel no deserto e forneceu as necessidades do povo, mas eles logo esqueceram dele (5-6).
**Obs.: Fisicamente, Deus sustentou o povo no deserto, depois do êxodo do Egito (veja o contexto do versículo 4). Espiritualmente, ele o sustentou, como ele continua nos guiando hoje (veja 1 Coríntios 10:1-13).
**Obs.: Na prosperidade, o povo se afastou de Deus (6). Ao invés de ficarem mais fiéis na gratidão pelas bênçãos recebidas, pessoas prósperas tendem a esquecer o Senhor. É um dos motivos pelos quais Jesus e seus seguidores nunca enfatizaram a prosperidade financeira. As igrejas de hoje que incentivam as pessoas a buscar a prosperidade estão conduzindo os adeptos à perdição!
Devido à desobediência do povo, Deus se preparou para atacar e despedaçá-lo (7-8).
A ruína de Israel veio dele mesmo. A única esperança viria de Deus (9; veja Atos 4:12).
O povo, porém, continuou confiando no rei (10). O rei não pôde salvar.
Deus deu um rei quando o povo pediu e tiraria o rei porque o povo, por sua rebeldia, pediu castigo (11).
**Obs.: O primeiro rei de Israel, Saul, foi dado por Deus por causa da insistência do povo. Era o tipo de rei que o povo queria, mas a escolha dele representava a rejeição de Deus como único e soberano rei (1 Samuel 8:6-8). Depois de séculos de desobediência e de reis que não respeitaram ao Senhor, ele está prestes a tirar o rei de Israel.
13:12-16
Deus guardou o pecado do povo como prova e motivo do castigo por vir (12).
A nação deve nascer, mas demora e resiste como um filho que demora para nascer (13).
**Obs.: Quando a criança demora para nascer, corre risco de vida para a mãe e o filho. O parto de risco envolve sofrimento e dor, mas é necessário enfrentá-lo para começar a nova vida. O povo teria que passar pela experiência dolorida de cativeiro e castigo para começar a nova vida. Compare com Ezequiel 37, onde Deus mostra que é capaz de trazer vida da morte.
Deus prometeu resgatar o povo da morte (14). Nem a morte nem o inferno seriam capazes de segurar o povo. Deus o traria de volta, e não se arrependeria do seu plano de salvar o povo.
**Obs.: Esta promessa se cumpriu parcialmente na volta do cativeiro e num sentido mais amplo na vinda de Jesus para nos salvar. O pleno cumprimento, porém, virá na ressurreição dos mortos no último dia (1 Coríntios 15:55).
As promessas de salvação no futuro não obstantes, a punição vem (15-16). Qualquer prosperidade de um povo frutífero será destruída pelo vento leste de destruição e castigo (veja 12:1). De novo, Deus repete os avisos de castigo severo por causa da rebeldia do povo: espada, filhos despedaçados, mulheres grávidas abertas pelo meio.
**Obs.: As dores do parto (versículo 13) seriam terríveis antes de começar a nova vida!

14:1-3
Estes primeiros versículos são um apelo ao povo de Israel, definindo os pontos principais do arrependimento que Deus quer deles:
(1) Voltar para Deus (1). Às vezes, pessoas reconhecem problemas e até erros na vida, mas ainda não voltam ao Senhor. Judas Iscariotes tentou fugir, cometendo suicídio, quando deveria ter voltado para Jesus pedindo perdão (Mateus 27:3-5).
(2) Reconhecer o próprio pecado (1). A tendência de muitas pessoas é jogar a culpa em outros (eles me fizeram...) ou nas próprias circunstâncias (aconteceu...). A volta ao Senhor exige que a pessoa assuma o que fez, reconhecendo o seu pecado.
(3) Falar palavras de arrependimento (2). Obviamente, o pecador que volta ao Senhor deve mostrar frutos do arrependimento (Mateus 3:8). Mas, também, deve falar palavras de arrependimento. Deve confessar o seu pecado e pedir perdão (veja 1 João 1:9; Tiago 5:16).
(4) Pedir perdão (2). O pecado ofende. Todos os pecados são ofensas contra Deus. Alguns ofendem outras pessoas. Precisamos pedir perdão às pessoas ofendidas (Atos 8:21-23; Lucas 17:3-4).
(5) Oferecer serviço e sacrifício ao Senhor (2). O pecador purificado deve exaltar o nome do Senhor (veja Salmo 51:13-17).
(6) Abandonar outras "soluções" (3). Israel precisava deixar a sua confiança em: (a) Alianças com outros povos (Assíria, Egito, etc.); (b) Força militar (cavalos); (c) Falsos deuses (obra das nossas mãos).
(7) Confiar exclusivamente em Deus (3). Ele é o único Deus e aquele que mostra misericórdia ao órfão.
**Obs.: Mais uma vez, observamos que o arrependimento necessário para efetuar uma reconciliação depois de infidelidade é completo. A pessoa que trai o seu cônjuge precisa abandonar, totalmente, os seus "amantes" e voltar ao legítimo companheiro.
14:4-8
Se Israel se arrependesse da maneira descrita nos primeiros três versículos, Deus perdoaria da forma definida neste parágrafo:
(1) Curar a infidelidade de Israel (4). A traição traz conseqüências e seqüelas. Como um marido que perdoa e aceita de volta a sua esposa infiel, Deus age para curar Israel.
(2) Ele ama o arrependido (4). O amor de Deus é incompreensível aos homens. Depois de tudo que Israel fez, ele tomou a nação de novo como sua esposa e mostrou o seu amor para com ela (veja 2:14-20; 11:8-11; Ezequiel 16; João 3:16).
(3) Ele ajuda o arrependido crescer e produzir fruto (5). Como Jesus perdoou e aceitou Pedro depois deste o negar e lhe deu grandes responsabilidades no reino (veja João 21:15-17) e Paulo pediu a ajuda de Marcos depois de tê-lo rejeitado (2 Timóteo 4:11; Atos 15:37-39), Deus prepara o servo arrependido para seu papel no reino do Senhor.
(4) Ele aperfeiçoa o arrependido para que ele possa mostrar a sua beleza e ajudar outros (6-7).
(5) Ele não trata o arrependido como os ídolos fariam (8). Os ídolos são impotentes e não trazem nenhum benefício real à pessoa. Deus acolhe o arrependido e cuida dele.
14:9
Oséias conclui o livro com um apelo aos sábios. O sábio entende e segue a palavra do Senhor, enquanto os transgressores caem nela.



A relação entre o casamento de Oséias e o amor de Deus


OSÉIAS – A FIDELIDADE NO RELACIONAMENTO COM DEUS 



1. Contexto histórico: O ministério de Oseias deu-se no período da supremacia política e militar da Assíria. Ele profetizou em Samaria, capital do Reino do Norte, durante os "dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel" (1.1). A soma desses anos deve ser reduzida significativamente porque Jotão foi corregente com seu pai, Uzias, e da mesma forma Ezequias reinou com Acabe, seu pai (2 Rs 15.5; 18.1,2, 9, 10, 13).

Esses dados fornecidos pelo profeta nos permitem datar o seu ministério entre 793-753 a.C. Jeroboão II, reinou 41 anos num período de prosperidade econômica, mas também de apostasia generalizada (2 Rs 14.23-29).

2. Estrutura: A revelação foi entregue ao profeta pela palavra "dita a Oseias" (1.1a). A segunda declaração: "O princípio da palavra do Senhor por Oseias" (1.2a), reitera a forma de comunicação do versículo anterior. Também esclarece que a ordem para Oseias se casar com "uma mulher de prostituições" aconteceu no começo do seu ministério, como fica claro na ARA e na TB (1.2b).

O livro pode ser dividido em duas partes principais. A primeira é uma biografia profética escrita em prosa que descreve a crise do relacionamento de Oseias com sua esposa infiel, ao mesmo tempo que compara essa crise conjugal com a infidelidade e a apostasia do seu povo (1-3). A segunda parte é escrita em forma poética e se constitui de profecias proferidas durante um longo intervalo de tempo (4-14).

3. Mensagem: O assunto do livro é a apostasia de Israel e o grande amor de Deus revelado, que compreende advertência, juízo divino e promessas de restauração futura (8.11-14; 11.1-9; 14.4-9). Mesmo num contexto de decadência moral, o oráculo descreve o amor de Deus de maneira bela e surpreendente (2.14-16; 6.1-4; 11.1-4; 14.4-8). Seus oráculos são cheios de metáforas e símbolos dirigidos aos contemporâneos. Sua mensagem denuncia o pecado do povo e a corrupção das instituições sociais, políticas e religiosas das dez tribos do norte (5.1). Oseias é citado no Novo Testamento (1.10; 2.23 cp. Rm 9.25,26; 6.6 cp. Mt 9.13; 12.7; 11.1 cp. Mt 2.15).


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Referência bibliográfica

Revista Lições Bíblicas. OS DOZES PROFETAS MENORES, Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de Cristo. Lição 02 – Oseias – a fidelidade no relacionamento com Deus. I O livro de Oseias. 1. Contexto histórico. 2. Estrutura. 3. Mensagem. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2012.
 
 
 
 

Aspectos históricos e geográficos 


Oséias - A restauração dos filhos de DEUS

A instabilidade política e religiosa de Israel
 
A SITUAÇÃO DE ISRAEL NA ÉPOCA DO PROFETA OSÉIAS ERA DEPLORÁVEL,
O POVO ESTAVA CORROMPIDO PELA IDOLATRIA E DEUS NA SUA IRA PREPARA O ATO FINAL PARA DEPORTÁ-LOS A FIM DE QUE O CONHEÇAM COMO ÚNICO E VERDADEIRO DEUS, MAS É COM O SOFRIMENTO DE UM MARIDO TRAÍDO QUE DEUS OS CHAMA AO ARREPENDIMENTO, PROCURANDO DE TODAS AS FORMAS PERDOÁ-LOS.
Localização de Samaria e Reino de Israel  onde Oséias exerceu seu ministério.
 
                                                 
 
O casamento de Oséias e o seu triste relacionamento com Gômer, sua esposa, era o retrato do relacionamento de Israel com Jeová. A mensagem aqui é de castigo e restauração. A mensagem de Oséias anuncia também a vinda do Messias e o surgimento da Igreja (11.1; 1,10). Os pormenores aparecem nos capítulos subseqüentes.
 
                                                                Sobre casamento Judaico ver aqui
  • O livro do profeta Oséias nos chama a uma urgente reflexão: 
Em 2 Co 11.2 o apóstolo Paulo guiado pelo ESPÍRITO SANTO, escreve:
"Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; pois vos desposei com um só Esposo, Cristo, para vos apresentar a ele como virgem pura."
Pergunta nº 1- Existem porventura alguns pontos de semelhança entre seu relacionamento com o Senhor JESUS CRISTO e o relacionamento de Israel com DEUS? De que maneira você está agradando o Noivo Celestial? Você está dilacerando o coração de DEUS de alguma forma?
Pergunta nº 2- Que providências você tem que tomar; o que precisa fazer? 
Pergunta nº 3- De que maneira você acha que DEUS vai reagir e por que?
(Bíblia de Estudo Indutivo - Ed.Vida)
 

Samaritanos

    Os samaritanos rezam em hebreu e chamam a si mesmos de Bene-Israel (filhos de Israel), mas os israelitas sempre se recusaram a admiti-los entre seu povo. Samaritanos são membros de uma comunidade, quase extinta no fim do século XX, que afirma descender dos judeus da antiga Samaria, das tribos de Efraim e Manassés (2Cr 34:9, Jr 41:5). Segundo os samaritanos, os integrantes dessas tribos não foram deportados quando os assírios conquistaram o reino de Israel em 721 a.C. e, após a queda de Samaria, se misturaram com não-israelitas (2Rs 17:24-41), o que deu origem a uma religião sincretista, embora baseada num judaísmo primitivo. De acordo com o Talmude, porém, os samaritanos são descendentes dos povos mesopotâmicos radicados em Samaria após a conquista pelos assírios e teriam ascendência e religião mistas por terem se casado com israelitas que permaneceram na região. O termo samaritano tem origem no hebraico shamerim e significa "os que observam" (os preceitos), em alusão ao fato de terem como única norma religiosa o Pentateuco, conjunto dos cinco primeiros livros do Antigo Testamento.
O desprezo que os judeus dispensavam a esse povo é o pano de fundo da parábola do bom samaritano (Lc 10:25-37), em que Jesus Cristo procura mostrá-los como caridosos. O povo de Samaria é ainda citado em outras conhecidas passagens da Bíblia, como aquela em que Jesus encontra a samaritana no poço de Jacó e lhe anuncia: "... quem beber da água que eu lhe darei, nunca mais terá sede..." (Jo 4:14). No fim do século XX havia em Israel uma comunidade de cerca de 500 samaritanos, dos quais 250, inclusive o alto sacerdote, viviam em Nabulus e os demais em Holon, onde mantinham uma sinagoga, nos arredores de Tel Aviv.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
                                                                                              NOTA

Hebraico/pronúncia
Versículo
  Tradução
telïillal
vv.2
início; quando Yahweh falou pela primeira vez.
zenunim

 fornicação.
harah
vv.3
conceber, engravidar.
mamlachut
vv.4
 domínio, poder real, reino, reinado.
harah
vv.6
 conceber, engravidar
riham

ter compaixão, ser compassivo.
 riham
vv.7
 ter compaixão, ser compassivo.
gamal
vv.8
desmamar; lidar adequadamente com, alocar; amadurecer.
harah

conceber, engravidar
hol
vv.10
 areia

                                                                     Oséias - CPAD (ESEQUIAS SOARES)
 
                      Vide no quadro Sintético abaixo a época em que profetizou Oséias, os  reis e profetas da época.
                        
Rei Datas (a.C.) Importância Referências
Jeroboão II 793-753
Manteve o santuário em Betel.

Contribuiu para a exploração dos pobres ao incentivar um padrão de vida elevado.
2 Rs 14.23-29
Amós 1.1; 5.7-11
Oséias 1.1
Zacarias 753 Sua morte cumpriu profecias de Amós e de Oséias. 2 Rs 15.8-12
Amós 7.9; 
Oséias 1.4-5
Salum 752 Assassino de Zacarias.
Exemplo de vida política caótica.
2 Rs 15.13-15
Oséias 7.7; 8.10; 13.11
 
Menaém 752-742 Assassino de Salum.
Opressor de seus inimigos. Pagou tributos a Tiglate-Pileser da Assíria.
2 Rs 15.14-23
Oséias 7.11; 12.1
Pecaías 742-740 Exemplo de vida política caótica de Israel. 
Filho de Manaém.
 Assassinado por Peca
2 Rs 15.23-26
Oséias 6.7-9; 7.3-7
Peca 740-732
Como único governante; pode ter governado Gileade a partis de 752.
Assassino de Pecaías.
Conspirou com Rezim contra a Assíria.
Figura central no ataque Siro-Efraimita contra Judá.
Tornou-se vassalo da Assíria.
Provavelmente o rei mais destacado no livro de Oséias.
2 rs 15.25-31; 16.1-9
Oséias 5.8-7.16
Oséias   Assassino de Peca.
Revoltou-se contra a Assíria. Deposto e preso por Salmaneser V. ´
Último rei de Israel.
2 Rs 15.30; 17.1-6
Oséias 10.3-8; 9-16; 13-15;
                                                                David A.Hubbard  - Série Cultura Bíblica

Texto Áureo: Oséias 8.4
    "Eles fizeram reis, mas não por mim; constituíram príncipes, mas sem a minha aprovação; da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si, para serem destruídos."
"Eles fizeram reis, mas não por mim" Na verdade o sistema de DEUS não é Democracia e nem Reinado, mas  Teocracia. Quando o povo Israelita pediram um rei, na verdade eles pediram para ter o que as nações pagãs tinham e veja a resposta de DEUS para eles: 1 Sm 8.6 Mas pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei para nos julgar. Então Samuel orou ao Senhor.7 Disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não é a ti que têm rejeitado, porém a mim, para que eu não reine sobre eles.8 Conforme todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até o dia de hoje, deixando-me a mim e servindo a outros deuses, assim também fazem a ti.9 Agora, pois, ouve a sua voz, contudo lhes protestarás solenemente, e lhes declararás qual será o modo de agir do rei que houver de reinar sobre eles.
"Da Sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si" Referindo-se claramente ao êxodo como em: Êx 32.4 "ele os recebeu de suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro de fundição. Então eles exclamaram: Eis aqui, ó Israel, o teu deus, que te tirou da terra do Egito."
Verdade Prática:
A segurança e a paz de uma nação dependem de seu relacionamento com DEUS.
Uma clara alusão a Sl 33.12
 "Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, o povo que ele escolheu para sua herança."
Veja que o Brasil tem se tornado uma grande Nação à media que o evangelho avança.

Objetivos da Lição:   1- Esboçar de forma panorâmica a historia de Israel; do reino Unido à queda de Samaria
                                                         2-Identificar as causas e os maléficos efeitos da idolatria.
                                            3- Descrever o papel dos profetas no Antigo Testamento:
1- Esboçar de forma panorâmica a historia de Israel; do reino Unido à queda de Samaria
    Professor, use para isto o mapa acima e também o quadro sintético explicando aos alunos que o reino de Israel foi dividido desde Salomão que pecou contra DEUS indo após os ídolos de suas muitas mulheres ( 1 Rs 11.1-10).
    Apesar de Salomão ter pecado contra DEUS, Ele não tirou o governo da mão de Salomão durante seu reinado por amor a Davi, seu pai. (1 Rs 11.11-13)
    Quando findava o reinado de Salomão DEUS enviou o profeta Aías  a Jeroboão para que fosse dividido o reino de Israel em duas partes: O território de Judá como reino do Sul, governado pelos descendentes de Davi com Roboão assumindo o trono de seu pai Salomão e o território de Israel como reino do norte, governado em princípio por Jeroboão. (1 Rs 11.30-32 = "Então Aías pegou na capa nova que tinha sobre si, e a rasgou em doze pedaços.  E disse a Jeroboão: Toma estes dez pedaços para ti, porque assim diz e Senhor Deus de Israel: Eis que rasgarei o reino da mão de Salomão, e a ti darei dez tribos. Ele, porém, terá uma tribo, por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, a cidade que escolhi dentre todas as tribos de Israel.")
O território de Judá foi formado pelas tribos de Judá e Benjamim e o território de Israel pelas demais tribos.
A MULHER JUNTO AO POÇO!
Uma história sobre a Água que dá vida
Tirado do Capítulo 4 do Evangelho segundo João

Embora o termo "bom samaritano" seja bem conhecido, a maioria das pessoas não sabe quem eram exatamente os samaritanos, e como os judeus os odiavam e os desprezavam? Para os Judeus da época de Jesus, só a palavra "samaritano" já era um insulto. (Cf. João 8:48) Por que é que os judeus odiavam tanto os samaritanos?
No ano 720 A.C., Salmaneser, rei do Império Assírio, invadiu Israel e levou cativas as 10 tribos do norte para a Assíria. Depois, levou para lá gente da Babilônia e de outras terras longínquas para habitar as cidades do norte de Israel, onde os israelitas moraram outrora. Essa região passou então a ser conhecida como Samaria. (Leia 2Reis 17:22-29)
No princípio esse povo era pagão, mas foram convertidos à força ao judaísmo, aproximadamente 200 anos antes de Cristo. Eles acreditavam apenas nos cinco livros de Moisés. Como este não fizera menção de que Jerusalém fosse uma cidade santa, os samaritanos não veneravam no templo judeu em Jerusalém. Para eles, o monte Gerizim, na Samaria, era o lugar mais sagrado onde deviam adorar a Deus e construíram um templo no topo dele. Então, pelo fato dos samaritanos serem uma raça mestiça e os seus costumes e adoração religiosa serem diferentes, os judeus os consideravam inferiores e não se associavam com eles de jeito nenhum! http://www.clubedaluz.com.br/mulherdopoco.htm 
 
2-Identificar as causas e os maléficos efeitos da idolatria.
   Abraão foi chamado por DEUS desde uma terra de idolatria e possivelmente de lá vieram alguns resquícios de idolatria no meio de sua caravana. Também o povo Israelita quando exilados aprenderam com os povos idólatras suas práticas horrendas.
      Babilônia e sua idolatria                   Deuses da Grécia                          Deuses Cananeus
                     
    A idolatria teve início em Israel, principalmente no êxodo, quando os Israelitas resolveram levar consigo egípcios e também começaram a olhar demasiadamente para os povos em volta de si por onde andavam a caminho da terra prometida. Arão, irmão de Moisés, escolhido como sacerdote, movido pelo povo incentivou esta prática com o bezerro de ouro (vide foto acima). O deus mais adorado pelos povos daquela época parece ser Baal.
A IDOLATRIA E SEUS MALES (tirado do cd da BEP - CPAD)
1Sm 12.20,21 “Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvieis de seguir ao SENHOR, mas servi ao SENHOR com todo o vosso coração. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque vaidades são.” A idolatria é um pecado que o povo de Deus, através da sua história no AT, cometia repetidamente. O primeiro caso registrado ocorreu na família de Jacó (Israel). Pouco antes de chegar a Betel, Jacó ordenou a remoção de imagens de deuses estranhos (Gn 35.1-4). O primeiro caso registrado na Bíblia em que Israel, de modo global, envolveu-se com idolatria foi na adoração do bezerro de ouro, enquanto Moisés estava no monte Sinai (Êx 32.1-6). Durante o período dos juízes, o povo de Deus freqüentemente se voltava para os ídolos. Embora não haja evidência de idolatria nos tempos de Saul ou de Davi, o final do reinado de Salomão foi marcado por freqüente idolatria em Israel (1Rs 11.1-10). Na história do reino dividido, todos os reis do Reino do Norte (Israel) foram idólatras, bem como muitos dos reis do Reino do Sul (Judá). Somente depois do exílio, é que cessou o culto idólatra entre os judeus.
O FASCÍNIO DA IDOLATRIA. Por que a idolatria era tão fascinante aos israelitas? Há vários fatores implícitos. (1) As nações pagãs que circundavam Israel criam que a adoração a vários deuses era superior à adoração a um único Deus. Noutras palavras: quanto mais deuses, melhor. O povo de Deus sofria influência dessas nações e constantemente as imitava, ao invés de obedecer ao mandamento de Deus, no sentido de se manter santo e separado delas.(2) Os deuses pagãos das nações vizinhas de Israel não requeriam o tipo de obediência que o Deus de Israel requeria. Por exemplo, muitas das religiões pagãs incluíam imoralidade sexual religiosa no seu culto, tendo para isso prostitutas cultuais. Essa prática, sem dúvida, atraía muitos em Israel. Deus, por sua vez, requeria que o seu povo obedecesse aos altos padrões morais da sua lei, sem o que, não haveria comunhão com Ele.(3) Por causa do elemento demoníaco da idolatria (ver a próxima seção), ela, às vezes, oferecia, em bases limitadas, benefícios materiais e físicos temporários. Os deuses da fertilidade prometiam o nascimento de filhos; os deuses do tempo (sol, lua, chuva etc.) prometiam as condições apropriadas para colheitas abundantes e os deuses da guerra prometiam proteção dos inimigos e vitória nas batalhas. A promessa de tais benefícios fascinava os israelitas; daí, muitos se dispunham a servir aos ídolos.
A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA. Não se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menos que compreendamos sua verdadeira natureza.(1) A Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr 2.11; 16.20). O ídolo é meramente
um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de
“vaidades” (12.21), e Paulo declara expressamente: “sabemos que o ídolo nada é no mundo” (1Co 8.4; cf. 10.19,20). Por essa razão, os salmistas (e.g., Sl 115.4-8; 135.15-18) e os profetas (e.g. 1Rs 18.27; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5) freqüentemente zombavam dos ídolos.(2) Por trás de toda idolatria, há demônios, que são seres sobrenaturais controlados pelo diabo. Tanto Moisés (ver Dt 32.17 nota) quanto o salmista (Sl 106.36,37) associam os falsos deuses com demônios. Note, também, o que Paulo diz na sua primeira carta aos coríntios a respeito de comer carne sacrificada aos ídolos: “as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus” (1Co 10.20). Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são deles. O cristão sabe com certeza que o poder de Jesus Cristo é maior do que o dos demônios (ver o estudo
PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS.). Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), exerce vasto poder nesta presente era iníqua (ver 1Jo 5.19 nota; cf. Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Ele tem poder para produzir falsos milagres, sinais e maravilhas de mentira (2Ts 2.9; Ap 13.2-8,13; 16.13-14; 19.20) e de proporcionar às pessoas benefícios físicos e materiais. Sem dúvida, esse poder contribui, às vezes, para a prosperidade dos ímpios (cf. Sl 10.2-6; 37.16, 35; 49.6; 73.3-12).(3) A correlação entre a idolatria e os
demônios vê-se mais claramente quando percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o espiritismo, a
magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e coisas semelhantes (cf. 2Rs 21.3-6; Is 8.19; ver Dt 18.9-11
notas; Ap 9.21 nota). Segundo as Escrituras, todas essas práticas ocultistas envolvem submissão e culto aos demônios. Quando, por
exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito subindo da terra,
representando Samuel (28.8-14), i.e., ela viu um demônio subindo do inferno. (4) O NT declara que a cobiça é uma forma
de idolatria (Cl 3.5). A conexão é óbvia: pois os demônios são capazes de proporcionar benefícios materiais. Uma pessoa insatisfeita
com aquilo que tem e que sempre cobiça mais, não hesitará em obedecer aos princípios e vontade desses seres sobrenaturais que
conseguem para tais pessoas aquilo que desejam. Embora tais pessoas talvez não adorem ídolos de madeira e de pedra,
entretanto adoram os demônios que estão por trás da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas são idólatras. Dessa maneira, a
declaração de Jesus: “Não podeis servir a Deus e a Mamom [as riquezas]” (Mt 6.24), é basicamente a mesma que a admoestação de
Paulo: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” (1Co 10.21).
DEUS NÃO TOLERARÁ NENHUMA FORMA DE IDOLATRIA. 
(1) Ele advertia freqüentemente contra ela no AT. (a) Nos dez mandamentos, os dois primeiros mandamentos são contrários diretamente à adoração a qualquer deus que não seja o Senhor Deus de Israel (ver Êx 20.3,4 notas). (b) Esta ordem foi repetida por
Deus noutras ocasiões (e.g., Êx 23.13, 24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2Rs 17.35,37,38). (c) Vinculada à proibição
de servir outros deuses, havia a ordem de destruir todos os ídolos e quebrar as imagens de nações pagãs na terra de Canaã (Êx
23.24; 34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).(2) A história dos israelitas foi, em grande parte, a história da idolatria. Deus muito se irou com o seu povo por não destruir todos os ídolos na Terra Prometida. Ao contrário, passou a adorar os falsos deuses. Daí, Deus castigar os israelitas, permitindo que seus inimigos tivessem domínio sobre eles. (a) O livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente repetido, em que os israelitas começavam a adorar deuses-ídolos das nações que eles deixaram de conquistar. Deus permitia que os inimigos os dominassem; o povo clamava ao Senhor; o Senhor atendia o povo e enviava um juiz para libertá-lo. (b) A idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldade por quase dois séculos. Finalmente, a paciência de Deus esgotou-se e Ele permitiu que os assírios destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez tribos (2Rs 17.6-18). (c) O Reino do Sul (Judá) teve vários reis que foram tementes a Deus, como Ezequias e Josias, mas por causa dos reis ímpios como Manassés, a idolatria se arraigou na nação de Judá (2Rs 21.1-11). Como resultado, Deus disse, através dos profetas, que Ele deixaria Jerusalém ser destruída (2Rs 21.10-16). A despeito dessas advertências, a idolatria continuou (e.g., Is 48.4,5; Jr 2.4-30; 16.18-21; Ez 8), e, finalmente, Deus cumpriu a sua palavra
profética por meio do rei Nabucodonosor de Babilônia, que capturou Jerusalém, incendiou o templo e saqueou a cidade (2Rs 25).
(3) O NT também adverte todos os crentes contra a idolatria. (a) A idolatria manifesta-se de várias formas hoje em dia. Aparece
abertamente nas falsas religiões mundiais, bem como na feitiçaria, no satanismo e noutras formas de ocultismo. A idolatria está presente sempre que as pessoas dão lugar à cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em Deus somente. Finalmente, ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros acreditam que, a um só tempo, poderão servir a Deus, desfrutar da experiência da salvação e as bênçãos divinas, e também participar das práticas imorais e ímpias do mundo. (b) Daí, o NT nos admoestar a não sermos cobiçosos, avarentos, nem imorais (Cl 3.5; cf. Mt 6.19-24; Rm 7.7; Hb 13.5,6; ver o estudo RIQUEZA E POBREZA) e, sim, a fugirmos de todas as formas de idolatria (1Co 10.14; 1Jo 5.21). Deus reforça suas advertências com a declaração de que aqueles que
praticam qualquer forma de idolatria não herdarão o seu reino (1Co 6.9,10; Gl 5.20,21; Ap 22.15).
   
Veja mais sobre idolatria em A Bíblia e a Idolatria
 
3- Descrever o papel dos profetas no Antigo Testamento:
 
PROFETA: Porta-voz de Deus cuja mensagem é ou admoestação ou predição. Em um sentido os primeiros profetas foram os patriarcas, desde Adão até Moisés. Ver Gn 20.7. No sentido restrito, é em Samuel que começa o ministério profético. Entre esses profetas encontram-se Elias, Eliseu, Davi. A partir dessa época, começa outra ordem de profetas, divididos em duas classes: 
l) Os grandes profetas: Isaias, Jeremias, Ezequiel, Daniel. 
2) Os profetas menores, isto é, que deixaram escritos menos importantes, são, cm número de doze: Oséias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. 
i| Lista cronológica dos profetas: Enoque, Gn 5.21-24; Noé, Gn 9.25-27; Abraão, Gn 20.7; Jacó, Gn 49.1; Arão, Êx 7.1; Moisés, Dt 18.18; Balaão; Nm 23.5; Samuel, l Sm 3.20; Davi, SI 16.8-11; Nata, 2 Sm 7.2; Zadoque, 2 Sm 15.27; Gade, 2 Sm 24.11; Aias, l Rs 11.29; Ido, 2 Cr 9.29; Semaías, 2 Cr 12.7; Azarias, 2 Cr 15.2-7; Hanani, 2 Cr 16.7; Jeú, l Rs 16.1; Elias, l Rs 17.1; Eliseu, l Rs 19.16; Micaias, 
l Rs 22.7; Jonas, 2 Rs 14.25; Isaias, 2 Rs 19.2; Oséias, Os 1.1; Amos, Am I.1; Miquéias, Mq 1.1; Obede, 2 Cr 28.9; Naum, Na 1.1; Joel, Jl 1.1; Sofonias, Sf 1.1; Jedutum, 2 Cr 35.15; Jeremias, 2 Cr 36.12; Habacuque, He 1.1; Obadias, Ob l; Ezequiel, Ez 1.3; Daniel, Dn 12.11; Ageu, Ag 1.1; Zacarias, Zc 1.1; Malaquias, Ml 1.1; Zacarias, Lc 1.67; João Batista, Lc 7.28; Caifás,II.51; Âgabo, At 11.28; Paulo, l Tm 4.1; Pedro, 2 Pé 2.1, 2; João, Ap 1.1; Cristo, de quem testificavam todos os profetas (Lc 24.27, 44), é O Profeta da Sua Igreja em todas as épocas, Dt 18.15; At 3.22, 23. Ver Apóstolo, Evangelista, Ministro, Vidente.
PROFETAS
PROFETAS, FALSOS: Dt 18 20; Is 9.15; Jr 14.13; Ez 13.3; Mt 7.15; 2 Pé 2.1; l Jo 4.1. Zedequias, l Rs 22.11; Jr 29.21. Barjesus, At 13.6.
PROFETIZA: Mulher que faz profecias. Miriã, êx 15.20; Débora, Jz 4.4; Hulda, 2 Rs 22.14; Ana, Lc 2.36; As quatro filhas de Felipe, At 21.9. Ver Is 8.3; At 2.18; l Co 11.5.
PROFETIZAR: Predizer como profeta.
Ver Profeta. Setenta anciãos . . . profetizaram, Nm 11.25. A palavra dele se não cumprir . . . como profetizou, Dt 18.22; (ver 13.1-5). Saul, e ele profetizou, l Sm 10.10. Um grupo de profetas profetizando . . . também eles profetizaram, l Sm 19.20, Também estes profetizaram . . . também profetizaram, l Sm 19.21. Profetizou diante de Samuel, l Sm 19.24. Nunca profetiza de mim o que é bom, l Rs 22.8. Profetizaram o profeta Ageu e Zacarias, Ed 6.14. Não profetizeis para nós o que é reto, Is 30.10. Os profetas profetizam falsamente, Jr 5.31. Profetizado em teu nome, Mt 7.22. Todos os profetas ... profetizaram até João, Mt 11.13. Profetiza-nos . . . quem é que te bateu! Mt 26.68. Zacarias . . . profetizou, Lc 1.67. Em part; profetizamos, l Co 13.9. Procurai com zelo ... de profetizar, l Co 14.39. Profetizou Enoque, Jd 14. Ver Pronunciar, Predizer.
PROFECIA: Ver Profeta. Não havendo p o povo se corrompe, Pv 29.18. Diferentes dons ... se p, Rm 12.6. A outro p, l Co 12.10. Havendo p, desaparecerão, l Co 13.8. A p não é para os incrédulos, l Co 14.22. Não desprezeis p, l Ts 5.20. Segundo as p de que . . . foste objeto, l Tm 1.18 Dom ... te foi concedido mediante p, l Tm 4.14. Nenhuma p ... vêm de particular elucidação, 2 Pé 1.20. Ouvem as palavras da p, Ap 1.3; 22.18. O testemunho de Jesus é o espírito da p, Ap 19.10. Que guarda as palavras da p, Ap 22.7. Ver Dons do Espírito em 1 Co 12.
Pequena Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer
Veja alguns estudos sobre o livro de Oséias:
Observações de pé de página da BEP - CPAD
1.2 VAI, TOMA UMA MULHER DE PROSTITUIÇÕES. O relacionamento entre Deus e Israel é freqüentemente comparado a um contrato matrimonial (e.g., Is 54.5; Jr 3.14; cf. Ef 5.22-32). "Desviando-se do Senhor", a fim de adorar aos ídolos, Israel foi considerado por Deus como um caso de infidelidade ou prostituição espiritual. O casamento de Oséias deveria ser, portanto, uma lição prática para o infiel Reino do Norte. Há forte probabilidade de que Gomer não fosse prostituta por ocasião do seu matrimônio, tendo posteriormente se voltado ao adultério e à imoralidade, talvez como prostituta no templo de Baal. Ao abandonar o Senhor, ela não somente foi levada à
adoração falsa, mas também ao rebaixamento dos padrões morais. Hoje se pode ver o mesmo padrão de vida imoral sempre que o povo de Deus se desvia da genuína dedicação ao Todo-poderoso (ver Pv 5.3 nota).1.4 VISITAREI O SANGUE DE JEZREEL. O mais provável é que este versículo se refira à matança dos setenta filhos de Acabe, executada por Jeú (2 Rs 10.1-8). Embora fosse elogiado
por ter trazido o justo juízo de Deus à família de Acabe, Jeú portara-se com demasiada severidade (2 Rs 10.30,31). 1.4 FAREI CESSAR O REINO DA CASA DE ISRAEL. Deus não demoraria para trazer juízo e destruição ao Reino do Norte. É provável que Oséias tenha vivido até ver cumprida esta profecia, em 722 a.C., quando os assírios conquistaram Samaria, deportaram cerca de dez por cento da
população, e tornaram os demais habitantes parte de uma mera província assíria.1.6 EU NÃO ME TORNAREI MAIS A COMPADECER. O nome "Lo-Ruama" (lit., "não é compadecida" ou "ela não recebe compaixão e amor") significa que Deus, em sua santidade,
declarara ter chegado a hora de cessar a sua longanimidade, e acionar a sua justiça. O juízo finalmente teria de vir contra o povo pecaminoso e rebelde.1.7 E OS SALVAREI. O Reino do Sul (Judá) não seria destruído na mesma ocasião que o Reino do Norte -(Isra-el). Em virtude de o rei Ezequias estar conduzindo sua nação pelo caminho da fé e do arrependimento, o Senhor os salvaria naquela ocasião (2 Rs 19.32-36; Is 37.36). O reino de Judá perduraria ainda por 136 anos.1.9 NÃO SOIS MEU POVO. Acredita-se que o terceiro filho de Gomer, um menino chamado "Lo-Ami" (que significa "não meu povo"), não fosse de Oséias. O nome da criança simbolizava a quebra do relacionamento pactual em conseqüência da contínua rebeldia contra Deus mediante a idolatria. O povo do Reino do Norte já não poderia esperar que Deus o abençoasse e o livrasse de seus adversários. Oséias estava aprendendo, através de sua própria angústia, sobre como se achava o coração de Deus por causa dos pecados de seu povo.1.10,11 ISRAEL SERÁ COMO A AREIA DO MAR. A rejeição do Reino do Norte como nação separada não significava que Deus se esqueceria de sua promessa a Abraão, Isaque e Jacó, a respeito da terra e da nação. Apesar de Israel haver pecado, Deus restauraria o seu povo à condição de filhos. Ele reuniria as doze tribos para formar uma única nação sob um único líder. A promessa de reunificação anuncia o Messias vindouro.1.11 GRANDE SERÁ O DIA DE JEZREEL. Jezreel significa "Deus espalha". E, aqui, tal nome é empregado num sentido ligeiramente distinto daquele que aparece no versículo quatro. Deus espalharia o seu povo (v. 4), mas posteriormente o recolheria das terras para onde havia sido espalhado, e o semearia de novo na terra que lhe pertencia, assim como o agricultor esparge as sementes no solo devidamente preparado.
 
Estudo 1- RESUMO DA BEP EM CD - CPAD 
(BEP - Bíblia de Estudo Pentecostal)
Esboço
Título (1.1)
I. O Casamento de Oséias Ilustra a Infidelidade de Israel, e a Rejeição e Restauração
da  Nação (1.2—3.5)
A. O Casamento com Gomer (1.2)
B. O Nascimento dos Três Filhos (1.3-9)
C.  Profecia da Restauração (1.10—2.1)
D.  Gômer Como Símbolo de Israel (2.2-23) 1. O Adultério de Israel (2.2-5) 2. O Juízo Divino (2.6-13) 3. Deus Promete a Restauração de Israel (2.14-23)
E. A Redenção de Gomer (3.1-5)
II. A Mensagem de Oséias Descreve a Infidelidade, Rejeição e Restauração de Israel
(4.1—14.9)
A. O Adultério Espiritual de Israel (4.1-19)
B. O Juízo Divino Sobre Israel (5.1-14)
C. O Arrependimento Insincero de Israel (5.15—6.3)
D. O Registro dos Pecados de Israel (6.4—8.6)
1. Violação do Concerto (6.4-10)
2. Recusa em Confiar em Deus, e Obedecê-lo (6.11—7.16)
3. Servir a Falsos Deuses (8.1-6)
E. A Predição do Juízo de Israel (8.7—10.15)
1. Será Devorada pelas Nações (8.7-14)
2. A Prosperidade Evaporará (9.1-9)
3. A Madre se Tornará Estéril (9.10-17)
4. A Nação Será Destruída (10.1-15)
F. O Amor Persistente de Deus por Israel (11.1-11)
G. Repetição dos Pecados de Israel (11.12—12.14)
H. O Cuidado Passado de Deus e Sua Ira Presente (13.1-16)
1. A Idolatria de Israel (13.1-3)
2. O Cuidado Divino no Êxodo (13.4-6)
3. O Plano Divino em Destruir Israel (13.7-13)
4. O Plano Divino para a Restauração Final de Israel (13.14)
5. Insistência na Destruição Iminente de Israel (13.15,16)
I. Deus Promete Restaurar Israel (14.1-9)
1. A Chamada ao Arrependimento (14.1-3)
2. A Promessa de Bênçãos Abundantes (14.4-9)
 Autor: Oséias
Tema: O Julgamento Divino e o Amor Redentor de Deus
Data: 715-710 a.C.
Considerações Preliminares
Oséias, cujo nome significa “salvação”, é identificado como filho de Beeri (1.1). Nada mais se sabe do profeta, a não ser os lances biográficos que ele mesmo revela em seu livro. Que Oséias provinha de Israel, e não de Judá, e que profetizou à sua nação, fica patente: (1) em suas numerosas referências a “Israel” e “Efraim”, as duas principais designações do Reino do Norte; (2) na sua
referência ao Rei de Israel, em Samaria, como “nosso rei” (7.5); e (3) em sua intensa preocupação com a corrupção espiritual, moral, política e social de Israel. O ministério de Oséias, ao Reino do Norte, seguiu-se logo depois ao ministério de Amós que, embora fosse de Judá, profetizou a Israel. Amós e Oséias são os únicos profetas do AT, cujos livros foram dedicados inteiramente ao Reino
do Norte, anunciando-lhe a destruição iminente.Oséias foi vocacionado por Deus a profetizar ao Reino de Israel, que desmoronava espiritual e moralmente, durante os últimos quarenta anos de sua existência, assim como Jeremias seria chamado a fazer o mesmo em Judá. Quando Oséias iniciou o seu ministério, durante os últimos anos de Jeroboão II, Israel desfrutava de uma temporária prosperidade econômica e de paz política, que acabariam por produzir um falso senso de segurança. Logo após a morte de Jeroboão
II (753 a.C.), porém, a nação começa a deteriorar-se, e caminha velozmente à destruição em 722 a.C. Passados quinze anos da morte do rei, quatro de seus sucessores seriam assassinados. Decorridos mais quinze anos, Samaria seria incendiada, e os israelitas, deportados à Assíria e, posteriormente, dispersados entre as nações. O casamento trágico de Oséias, e sua palavra profética, harmonizavam-se com a mensagem de Deus a Israel durante esses anos caóticos.Deus ordenou a Oséias que tomasse “uma mulher de prostituições” (1.2) a fim de ilustrar a infidelidade espiritual de Israel. Embora há os que interpretem o casamento do profeta como
alegoria, os eruditos conservadores consideram-no literal. Parece improvável, porém, que Deus instruísse seu piedoso servo a casar-se com uma mulher de má fama para exemplificar sua mensagem a Israel. Parece mais provável que Oséias haja se casado com Gomer quando esta ainda era casta, e que ela haja se tornado meretriz posteriormente. Sendo assim, a ordem para se tomar
“uma mulher de prostituições” era uma previsão profética do que estava prestes a acontecer.O contexto histórico do ministério de Oséias é situado nos reinados de Jeroboão II, de Israel, e de quatro reis de Judá (Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias; ver 1.1) — i.e., entre 755 e 715 a.C. As datas revelam que o profeta não somente era um contemporâneo mais jovem de Amós, como também de
Isaías e Miquéias. O fato de Oséias datar boa parte de seu ministério mediante uma referência a quatro reis em Judá, e não aos breves reinados dos últimos seis reis de Israel, pode indicar ter ele fugido do Reino do Norte a fim de morar na terra de Judá, pouco tempo antes de Samaria ter sido destruída pela Assíria (722 a.C.). Ali, compilou suas profecias no livro que lhe leva o nome.
Propósito
A profecia de Oséias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniqüidade persistentes, antes que Ele entregasse a nação ao seu pleno juízo. O livro foi escrito com o objetivo de revelar: (1) que Deus conserva seu amor ao seu povo segundo o concerto, e deseja intensamente redimi-lo de sua iniqüidade; e (2) que conseqüências trágicas se seguem quando o povo persiste em desobedecer a Deus, e em rejeitar-lhe o amor redentor. A infidelidade da esposa de Oséias é registrada como ilustração da infidelidade de Israel. Gomer vai atrás de outros homens, ao passo que Israel corre atrás de outros deuses. Gomer comete prostituição física; Israel, prostituição espiritual.
Visão Panorâmica
Os capítulos 1—3 descrevem o casamento entre Oséias e Gomer. Os nomes dos três filhos são sinais proféticos a Israel: Jezreel (“Deus espalha”), Lo-Ruama (“Não compadecida”) e Lo-Ami (“Não meu povo”). O amor perseverante de Oséias à sua esposa adúltera simboliza o amor inabalável de Deus por Israel.Os capítulos 4—14 contêm uma série de profecias que mostram o paralelismo entre a infidelidade de Israel e a da esposa de Oséias. Quando Gomer abandona Oséias, e vai à procura de outros amantes (cap. 1), está representando o papel de Israel ao desviar-se de Deus (4—7). A degradação de Gomer (cap. 2) representa a vergonha e o juízo de Israel (8—10). Ao resgatar Gomer do mercado de escravos (cap. 3), Oséias demonstra o desejo e intenção de Deus em
restaurar Israel no futuro (11—14). O livro enfatiza este fato: por ter Israel desprezado o amor de Deus e sua chamada ao arrependimento, o juízo já não poderá ser adiado.
Características Especiais
Sete aspectos básicos caracterizam o livro de Oséias. (1) Ocupa o primeiro lugar na seção do AT
chamada “O Livro dos Doze”, também conhecida como os “Profetas Menores”, por causa de sua brevidade em comparação com Isaías, Jeremias e Ezequiel. (2) Oséias é um dos dois únicos profetas do Reino do Norte a terem um livro profético no AT (o outro é Jonas). (3) À semelhança de Jeremias e Ezequiel, as experiências pessoais de Oséias ilustram sua mensagem profética. (4)
Contém cerca de 150 declarações a respeito dos pecados de Israel, sendo que mais da metade deles relaciona-se à idolatria. (5) Mais do que qualquer outro profeta do AT, Oséias relembra aos israelitas que o Senhor havia sido longânimo e fiel em seu amor para com eles. (6) Não há ordem visível entre suas profecias (4—14). É difícil distinguir onde uma profecia termina e outra começa.
(7) Elas acham-se repletas de vívidas figuras de linguagem, muitas das quais tiradas do cenário rural.
O Livro de Oséias ante o NT
Diversos versículos de Oséias são citados no NT: (1) o Filho de Deus é chamado do Egito (11.1; cf. Mt 2.15); (2) a vitória de Cristo sobre a morte (13.14; cf. 1 Co 15.55); (3) Deus deseja a misericórdia, e não o sacrifício (6.6; cf. Mt 9.13; 12.7; e (4) os gentios que não eram o povo de Deus, passam a ser seu povo (1.6, 9-10; 2.23; cf. Rm 9.25,26; 1 Pe 1.10). Além dos trechos específicos, o NT expande o tema do livro — Deus como o marido do seu povo — e diz que Cristo é o marido de sua noiva redimida, a igreja (ver 1 Co 11.2; Ef 5.22-32; Ap 19.6-9; 21.1-2, 9-10). Oséias enfatiza a mensagem do NT a respeito de se conhecer a Deus para se entrar na vida
(2.20; 4.6; 5.15; 6.3-6; cf. Jo 17.1-3). Juntamente com esta mensagem, Oséias demonstra claramente o relacionamento entre o pecado persistente e o juízo inexorável de Deus. Ambas as ênfases são resumidas por Paulo em Rm 6.23: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Estudo 2 - “Como areia do mar”Oséias 2,1-3
Milton Schwantes
 
Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um novo mar.
E neste dia os oprimidos, numa só voz a liberdade irão cantar!
(Vera Lúcia do Nascimento)
O assunto destes versículos é o novo que há de vir. De sua elaboração cada um e cada uma de nós tem o privilégio de participar.
 O novo não cai do céu. É como se fosse o céu. Já que é, como se céu fosse, agrada-lhe nossa participação, nossas lutas para que o novo apareça.
 É um novo de uma certa hora do caminho da libertação. Não é aplicável a qualquer hora. Mas, pode animar a aparição do novo em nossas horas e em nossos lugares.
 Situemo-nos primeiro na hora e no lugar de Oséias 2,1-3 (em outras Bíblias trata-se de 1,10 até 2,1).
 O outro lado da moeda
 Estes nossos três versículos têm a ver com o que lhes antecede. São o reverso dos versículos anteriores.
 Estes versículos anteriores (1,2-9) contêm a ameaça à “casa de Israel”. Os três filhos de Gômer e Oséias simbolizam a destruição dos poderosos: “Jezreel” representa o fim da dinastia, do “reinado da casa de Israel” e do “arco”, isto é, do exército. Este primeiro filho assinala para o fim de dominação e opressão. A filha “Não-Amada” é a eliminação de qualquer perdão para a “casa de Israel”. O nome da filha radicaliza a exclusão dos organismos do poder, da “casa de Israel”. E o terceiro filho “Não-Meu-Povo” se refere à invalidação da `teologia’ que pretendia proteger os poderosos: A teologia do pacto. Agora, já não vale mais afirmar que `Deus está aí para seu povo, e este para Deus’; o próprio Javé renunciou a esta teologia do pacto. Pois, o poder a usava para auto-justificar-se.
 Nossos versículos representam o outro lado. Não se referem à “casa de Israel”, pois esta está sob a ameaça das profecias de 1,2-9. Referem-se aos “filhos de Israel”. A “casa” está condenada, aos “filhos” valem as promessas.
 É a mesma profecia que fala em duas direções diferentes: uma visa as organizações de opressão (1,2-9), a outra a vida das vítimas (2,1-3). Para um lado: juízo. Para outro lado: promessa.
 Nossos versículos são, pois, o contraponto de 1,2-9.
 Mas, afinal, são do mesmo Oséias, do qual nos vem 1,2-9?
 Profetas - gente com horizonte
 Com muita freqüência, não se atribui v.1-3 a Oséias. Entende-se que estes versículos seriam adendos posteriores. Em períodos exílicos, uns dois séculos após nosso profeta, as comunidades, ao lerem 1,2-9, se viram inspiradas a adicionar promessas.
 É evidente que nem tudo que está no livro de Oséias provém diretamente deste profeta ou é fruto direto de suas palavras e ações. Certamente existiram acréscimos, pois a palavra do profeta permaneceu viva na comunidade. Foi lida, vivida, re-interpretada. Por conseguinte, no decorrer dos séculos de uso, houve adições.
 Contudo, nossos v.1-3 seriam alguma adição posterior? Os argumentos apresentados são frágeis, porque a linguagem destes versículos é, antes de tudo, oseiânica. Não temos esta terminologia em outros profetas. Ela se casa precisamente com o que conhecemos deste profeta do 8º século.
 Mas, a razão mais de fundo para não querer atribuir 2,1-3 a Oséias talvez nem sejam argumentos específicos, por exemplo de uso do vocabulário. A questão é que tende-se a não ver nos profetas pessoas que investiram sua vida e suas palavras em projetos concretos. Tende-se a reduzi-los a críticos da sociedade, a arautas de ameaças aos pecadores. Por certo, isso eles também são. Mas, a profecia é igualmente formuladora de utopia, de esperanças, de projetos concretos, sempre a partir das experiências dos pobres.
 Ora, nossos versículos são um exemplo desta utopia concreta a partir das dores dos e das pobres. Têm horizontes.
 Poesia em três etapas
 Temos poesia diante de nós. A característica da poesia hebraica é a repetição de frases. E é o que temos aqui.
 Mas não há um exagero na arte poética. Não chega a haver um último esmero que fosse aos detalhes. Se bem que não parece que Oséias tivesse tido aquele primor de Isaías em sua linguagem poética, nossos versículos são uma peça de arte, sem dúvida.
 Há uma seqüência quase que lógica na poesia. Cada versículo tem seu conteúdo próprio e concatena com o que lhe segue. Os conteúdos da promessa se desdobram em três etapas, como logo veremos. Mas, antes de ir a estes conteúdos, vejamos a tradução:
   1E será o número dos filhos de Israel como a areia do mar que não se pode medir e nem contar.
  E será no lugar,onde se lhes dizia: “Não sois meu povo”, se lhes dirá: “Filhos do Deus Vivo”.
   2E se reunirão os filhos de Judá e os filhos de Israel, em e construirão para si um só cabeça, conjunto, e levantarão da terra,
                          pois o dia de Jezreel será grande.
   3Dizei a vossos irmãos: “Meu Povo”, e para vossas irmãs: “Amada”.
 “Como areia...”
 Tudo está voltado aos “filhos” e às “filhas”. Esta palavra se repete quatro vezes. E outros termos estão próximos a “filhos”/”filhas”, como é o caso de “irmãos” e “irmãs” no v.3.
 Aqui não se trata de estado, de templo, a rigor nem mesmo de  tribos. O que era importante em 1,2-9, aqui não significa nada. Afinal, já haviam sido dedicados à ruína, estes reis e exércitos.
 Estes “filhos” e estas “filhas” serão como areia do mar. Essa é sua força, o de serem multidões.
 Assim são os pobres, os marginalizados. São multidões, qual areia do mar. Para o estado isso é um problema, porque cria insatisfações. Para o templo é um problema, por isso ele de saída já vai excluindo crianças e mulheres, para que as multidões sejam menos. Não estão aí para “filhas” e “filhos”, mas para si mesmos, estes estados e templos. Por isso, nada de multidões. Só atrapalham.
 As multidões são tanto mais fortes quanto menos se possa medi-las ou contá-las. Aliás, a boa tradição bíblica assinala que não se deve contar as pessoas. Quando Davi se pôs a contá-las, a recenseá-las, houve problemas e até pestes.
 Povo medido e contadinho é povo dominado. Pois esta é a função deste recensear: saber quanto tributo se pode exigir de uma aldeia, de uma tribo, de uma região. Contar é dominar e explorar.
 Estes incontáveis é que são “filhos do Deus Vivo”. Submetido ao exército, ao estado (1,3-5) e à religião (1,8-9), o povo sucumbe. Passa a ser contado, usado para manter vivas as instituições. Torna-se aí “Não-Meu-Povo”. Mas, como filhas e filhos, em multidões, são filhas e filhos do “Deus Vivo”.
 O “Deus Vivo” vive, atua, se manifesta através de suas filhas e de seus filhos vivos, presentes aos milhares, qual areia do mar.
 Esta expressão, “Deus Vivo”, merece uma atenção especial, neste contexto.
 “Deus Vivo”
 Estamos aqui diante de uma formulação de Oséias. Ele é quem nos ensina a testemunhar deste “Deus Vivo”. É um jeito todo oseiânico de fazer teologia, testemunho de Deus.
 “Deus Vivo” é uma contraposição à morte e prostituição, embutidos no sistema de dominação. A religião, à qual o profeta se opõe, está possuída pela “prostituição” (1,2). E a dominação política, da qual afirma estar dominada por corruptos, está manchada de “sangues”, de assassinatos e massacres (1,4). Sua religião conduz à morte, ao contrário, o “Deus Vivo”, conduz à vida.
 Mas, penso que ainda há outro aspecto que leva Oséias a escolher esta terminologia tão peculiar para referir-se ao sagrado, chamando-o de “Deus Vivo”. Ora, em 1,9 o texto acabara de negar a teologia javista oficial: “vós não sois meu povo, e eu não serei/estarei para vós”.
 Ora, esta expressão “serei/estarei” alude claramente ao nome Javé. No hebraico, “serei” é jihjeh, e o termo para Deus é jahveh. Isso significa: Javé/jahveh deixou de existir para esta nação opressora. É que Javé/jahveh estava sendo usurpado pela monarquia opressora e os templos espoliadores. Tornava-se uma teologia pouco apropriada para afirmar esperança, solidariedade, enfim vida. Assim, nosso texto recorre a um novo termo. Oséias o cria para poder expressar sua esperança na vida: “Deus Vivo”!
 Neste caso, “Deus” é ‘el, um termo usual no antigo oriente para referir-se à divindade! Portanto, para poder afirmar, de modo qualificado, a experiência com Deus, com a vida que renasce, Oséias recorre ao termo mais usual, popular ‘el, aquele com o qual as pessoas também se referiam aos deuses estrangeiros, afinal havia sido gasto e desacreditado pelo uso que dele iam fazendo os senhores reis em suas explorações e idolatrias.
 Sim, para fazer teologia é preciso mesmo ser ecumênico.
 A divindade que resulta em vida e não em morte é precisamente o ‘el da vida! Javé mesclado a explorações já não é Deus de Vida.
 Este “Deus vivo” se faz presente nas vidas e lutas de suas filhas e de seus filhos, fortes e vivos por serem sem conta.
 Congregar é preciso!
 Muita gente, em certos momentos, pode representar muita força, se estiver `congregada’. Eis a questão.
 A gente percebe, pois, que o v.1 tem no v.2 uma progressão. O v.1 enaltecia a multidão incontável como a força e a capacidade de resistência dos pobres, das filhas e dos filhos. O v.2 dá um passo a frente: Para que esta força seja eficiente, será necessário reunir e congregar.
 As pessoas que se reúnem são chamadas de “filhos” (e filhas). E ainda são qualificadas como sendo de “Judá” e de “Israel”. São, pois, as pessoas que vivem no espaço das duas configurações de estado: Judá e Israel. Mas não são estes estados! Aqui não é anunciada uma re-unificação dos estados do norte e do sul. Tão somente as pessoas que vivem no espaço destes dois estados se agrupam, se congregam.
 Estas pessoas se congregam, obviamente, dentro daquelas estruturas que lhes são habituais em sua vida diária: família, clã, tribo. Neste sentido, pode-se dizer que as organizações clânicas e tribais, e não as de estado, facilitam o encontro de pessoas.
 Sobre o que realmente devemos pensar em instâncias clânico-tribais também se percebe no que segue, principalmente no final do texto, v.3. Situemos este versículo neste nosso contexto.
 “Irmãos - “Irmãs”
 Este versículo final tem a clara função de concluir o texto maior que iniciara em 1,2-9. Lá se anunciara para a “casa de Israel” de que já não era mais “Meu-povo” e “Amada”. Agora, no âmbito da esperança dos filhos, isto já está superado. Filhas e filhos são “Meu-povo” e “Amada”. Os pobres são o povo de Deus. As multidões são amadas por Javé. Filhas e filhos congregados, reunidos, organizados o são.
 Mas, este último versículo também tem outro aspecto interessante, que justamente aponta para o âmbito familial e tribal. Pois, neste v.3 temos saudações. A ordem “dizei” estaria dirigida a quem? Possivelmente aos mesmos e às mesmas que são designados de “Meu-Povo” e “Amada”. Trata-se, pois, de saudações intra-comunitárias. Na comunidade, na família congregada uns saúdam a outros, umas a outras com a alegre constatação de que, como irmãs e irmãos, como filhas e filhos, são “Meu-Povo”, “Amada”.
 As promessas de Oséias vem, pois, carregadas de sentido tribal, de concretude comunitária e familiar. Comemoram, em esperança, o espaço de filhas e filhos, após o débâcle do estado.
 Esta mesma perspectiva clânico-tribal se percebe na promessa sobre a liderança.
 “Um só cabeça”
 Atenção! A promessa é de um só “cabeça”, não se fala em chefe e nem em rei. E cabeça é o termo para designar, aqui, a liderança tribal.
 Estamos em Israel, no norte. Suas tribos têm marcante tradição de lideranças tribais, como o foram Débora e Gideão. Sim, o próprio livro dos Juízes corresponde basicamente a tradições israelitas. Oséias, enraizado nas tradições nortistas, anuncia, em substituição ao reinado, em ruínas desde 1,3-4, a liderança tribal, o “cabeça”.
 Também é importante manter na tradução o termo “cabeça”, pois em diferença a chefe, ou rei, ou líder, o “cabeça” é parte do corpo, do povo todo, e existe em relação a ele.
 Povo incontável e incontrolável, congregado em clãs e tribos, com liderança popular - isso sim, resultará no passo decisivo, qual seja:
 Libertação da terra
 A frase em questão (“subir [=se levantar] da terra”) não é fácil de interpretar. Existem várias possibilidades.
 Contudo, ela reaparece exatamente assim em Êxodo 1,10: o faraó argumenta em favor da repressão contra os hebreus, porque estes são numerosos e, no caso de um conflito interno, poderiam aliar-se aos inimigos do faraó, para “subir da terra”.
 Nosso trecho situa-se num ambiente semelhante. As terras de Israel, pelo menos as do norte, estão em poder dos assírios. (2,1-3 seria após 732 a.C., mas anterior a 722 a.C.). Nesta situação, a frase de Oséias significa: iremos retomar nossas terras, agora em mãos assírias. Para retomar nossas terra, não devemos confiar no estado e em seu “arco”/exército (1,3-5), mas justamente nas forças populares clânicas e tribais. Elas sim, têm capacidade para libertar a terra.
 “Subir da terra” assemelha-se a um novo êxodo, agora ocorrido na Palestina, contra os reis nacionais e contra os assírios vencedores. As forças para alcançá-los são as multidões congregadas em clãs e tribos, como irmãs e irmãos.
 E este é o “grande dia”!
 “Jezreel!”
 “O dia de Jezreel será grande” - é um resumo das esperanças. Acontece que o termo Jezreel tem múltiplos sentidos.
 Jezreel é o símbolo de uma rebelião popular. Seguidamente tem a ver com rebeldia. Jeú fora ungido por círculos proféticos e, em Jezreel, se vingara da casa de Acabe que havia massacrado ao lavrador Nabote e perseguido duramente aos profetas (2 Reis 9-10). Fora um levante popular, uma rebeldia contra reis injustos. Em 1,3-4, nosso Oséias critica essa ação de Jeú, porque resultara em outra dinastia injusta, a que estava no poder nos dias do profeta, através do rei Jeroboão II. Ainda assim, os círculos profético-levíticos tinham uma boa lembrança a rebeldia popular anti-monárquica que eclodira em Jezreel. E agora, Jezreel, outra vez, assume seu sentido positivo, como local a partir do qual se `sobe à terra’.
 E este Jezreel é símbolo de terra que dá planta e a dá em abundância. Este é o próprio sentido da palavra: “Deus semeia”, Deus faz crescer as plantas e dá alimento. Onde há “Jezreel”, há muita comida!
 Por isso, o `dia será grande’. Haverá muita festa. Celebra-se o povo congregado, celebra-se o “cabeça” e comemora-se a terra liberta. Por tudo isso, “o dia de Jezreel será grande”.
 Vivemos nesta promessa do ‘grande dia’! “Irá chegar um novo.”
 
Estudo 3 - Fidelidade espiritual
de Fábio Gomes Ferreira
Campinas SP
Fidelidade é, entre outras coisas, fazer com que algo seja exatamente igual ao seu original. Quando navegamos pela Internet acontecem alguns "truques" da informática que são desconhecidos da maioria: a medida em que avançamos pelas diversas páginas são disparados métodos de verificações que garantem que estamos recebendo informações corretas. Quando acessamos uma página, como, por exemplo, a de uma agência de notícias on-line, nosso computador verifica se a versão da página que está em nosso micro corresponde àquela existente na Internet. Caso seja diferente, o programa se encarrega de atualizar a página em nosso computador para que tenhamos uma cópia fiel da mais recentemente publicada. A Internet não teria valor algum para seus usuários se as informações recebidas fossem desatualizadas.
Nosso Deus separou um povo para que fosse fiel a seus mandamentos: um povo escolhido dentre muitos outros para Lhe servir e prestar culto. Entretanto, segundo o livro do profeta Oséias, o povo se desviou adorando a Baal e outros deuses pagãos. Eles se esqueceram da aliança com Deus e de tudo o que Ele havia feito pôr eles desde o Egito (Oséias 11.1). Israel deixava aos poucos de ser fiel e a buscar unicamente ao Deus único. O Senhor chama a Oséias para que se levante no meio do povo e tome uma prostituta e tenha filhos com ela para ilustrar a prostituição do povo de Israel para com Deus.
Por meio de Oséias o Senhor mostra todo o seu desapontamento por ter um povo inconstante em seus caminhos, povo que não foi fiel ao estado original em que Deus os preparara. Interessante é que israelitas acreditavam estar sendo fiéis a Deus; inclusive nos sacrifícios e holocaustos invocavam o nome de Deus achando ter conhecimento de Sua vontade (Oséias 8.2). O Senhor desabafando sua indignação diz ao povo: "Pois misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos" (Oséias 6.6). Cristo mais de uma vez usou essas palavras para repreender aos fariseus (Mateus 9.13;12.7).
E nós? Somos fiéis a Deus? Somos cópia exata dele? Os caminhos da fidelidade a Deus consistem em conhecer a Deus e exercer sua misericórdia. A história de Oséias ilustra a fidelidade de Deus que, mesmo tendo um povo adúltero, procura a reconciliação. Não dá para ler o último capítulo de Oséias e não se arrepiar com o caráter de nosso Deus! Apesar de nossos erros, Deus está pronto a aceitar aqueles que se apresentam a ele dispostos a prestar-lhe sacrifícios que vêem de lábios arrependidos (Oséias 14.2).
Segundo o apóstolo Pedro, nós hoje somos o "povo de propriedade exclusiva de Deus" (1Pedro 2.9). Deus não está em acordo com ninguém para nos repartir ou nos alugar. Somos exclusivamente dele.
Por várias vezes Deus apresenta o caminho da fidelidade a ele no livro de Oséias: misericórdia e conhecimento de Deus, cabendo somente a nós verificarmos se nossas vidas têm sido vidas plenas em misericórdia e sedentas pelo conhecimento divino.
Responda sendo sincero consigo mesmo: Qual tem sido sua disposição para com seu próximo? Você tem mais mágoas e rancores do que perdão e interesse genuíno pelas pessoas em seu coração? Como você tem gasto seu tempo com Deus? Você acha que já fez o suficiente por comparecer ao culto dominical? Ser fiel a Deus é ter disposição permanente, trabalho árduo, constante e até a morte: "Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida" (Apocalipse 2.10).
Deus nos criou à sua imagem e semelhança. Misericórdia e conhecimento de Deus são atributos importantes para sermos cópias fieis daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz! Mas somos tão pecadores, tão falhos e limitados! Deus, conhecendo nossas limitações e conhecendo o íntimo de nosso corações, sabe que podemos fazer mais se assim nos dispusermos por inteiro a ele.
Se você não tem sido fiel a Deus, o tempo é agora. Apresente-se a Deus sem querer oferecer qualquer tipo de oferta ou sacrifício, senão somente o de se dispor a buscar conhecê-lo e aplicar a sua misericórdia por aqueles que o cercam. Peça perdão a Deus, converta-se a ele de todo o coração, jejue, chore, rasgue seu coração e converta-se ao Senhor Deus (Joel 2.12-13).
Estudo 3- SÍNTESE - Oséias
O livro de Oséias apresenta-nos a intensa rogativa de um gigante espiritual, profundamente consagrado à tarefa de salvar a nação pecadora. Com autêntica solicitude, o pregador busca, repetidamente, conseguir a convicção e o arrependimento do povo a fim de que os escolhidos de Deus se sintam obrigados a voltar ao lar e ali achar o amor, o perdão e a cura. Com fidelidade, Oséias mostra graficamente os aspectos essenciais da verdadeira religião. Carregando nas tintas, lida com o pecado e seus resultados trágicos na vida humana, fala do juízo destrutivo e do inesgotável amor com seus tesouros indizíveis para o homem e para a mulher, trata da verdadeira natureza do arrependimento, da salvação certa que será proporcionada e do pleno perdão de Deus a todos quantos se arrependerem autenticamente com sincera fé. O veemente evangelista conhece seu povo. Sabe que é derramar lágrimas abundantes enquanto sua esposa infiel chafurda cada vez mais no pecado. Conhece a pronfundidade do amor e a boa vontade de amar sinceramente, de perdoar, de dar as boas-vindas e de restaurar. Tem consciência da sagrada pronfundidade do amor no coração de Deus. Dia após dia lança seu desafio pessoal, penetrante e poderoso aos recalcitrantes pecadores que devem voltar para Deus. Mediante a pregação deste profeta, Deus convida seu povo errante a regressar. Oferece-lhe misericórdia e perdão, a graça é abundante, a salvação os espera. É assombroso encontrar neste século do Antigo Testamento tanta mensagem do Novo e descobrir o apelo fundamental do verdadeiro evangelista. Todas as notas estão ali. Toda esfera é descoberta. Faz-se todo tipo de apelo. É a forma como Deus se manifesta.
 
Estudo 4 - Evangelista
Kyle M. Yares
 
O autor do livro é Oséias, filho de Beeri, de Israel. Profundamente influenciado pelo profeta Amós, tragicamente ferido pela terrível infidelidade de sua esposa Gomer, agudamente cônscio dos terríveis pecados de seu próprio povo, sensível à voz de Deus dirigida a um povo pecador, o profeta roga intensamente enquanto procura fazer que o povo infiel volte para seu Deus. É o evangelista divinamente escolhido para persuadir os pecadores empedernidos a que se voltem para um Deus cheio de amor, que está ansioso por perdoar-lhes e salvá-los. O ministério de Oséias estendeu-se por vários anos depois do ano de 756 a.C.

Fonte: A Paz do Senhor